Chega a hora de iniciar mais um dia de trabalho e a sensação não é das mais agradáveis. Desânimo, cansaço, irritabilidade e baixa produtividade marcam a rotina profissional e parecem se alastrar de forma quase que contínua. É certo que existem momentos em que o estresse e o excesso de atividades podem provocar uma sensação de fadiga. Mas, quando estes sentimentos ocorrem com frequência, eles podem ser sintomas da falta de motivação no trabalho.
Motivar-se significa, basicamente, sentir o impulso para mover-se em uma direção. Esta energia para a realização de uma tarefa pode ser gerada por fatores internos (satisfação pessoal, desejo de vencer um desafio, sentimento de conquista) e por fatores externos (reconhecimento de outros, melhorias salariais e premiações em geral, etc.). Este conhecimento básico nos ajuda a compreender quais são os fatores que podem estar gerando a desmotivação.
Ao reconhecer-se desmotivado, é fundamental que o profissional busque identificar quais motivos alicerçam a sua insatisfação e falta de ânimo. É preciso levar em conta, porém, que nem sempre é simples encontrar a resposta. Geralmente, o que mais gera insatisfação é o chefe ou o salário inadequado. Mas antes de concluir a análise responsabilizando fatores externos, é construtivo que o colaborador reflita com um pouco mais de cuidado, questionando-se de forma sincera e comprometida em relação às suas fragilidades.
Há momentos em que os conflitos e a falta de motivação estão muito mais ligados a uma insatisfação geral do profissional em relação às suas próprias escolhas profissionais, e isso é um fator interno. As angústias que provocam a desmotivação podem aumentar a ponto de tornarem-se extremamente nebulosas, situação que pede a busca por um psicólogo. A partir de um processo terapêutico, o profissional terá a oportunidade de conhecer melhor a si mesmo, conhecendo os propulsores de seu desânimo no trabalho.
Em alguns casos, porém, as causas externas são responsáveis pela desmotivação. Chefes que não reconhecem esforços e conquistas de seus liderados, salário abaixo do que o profissional julga adequado, ambientes de trabalho extremamente competitivos e pouco éticos, excesso de atividades e de retrabalho por planejamento falho são apenas algumas das queixas que tiram a energia de muitos funcionários em ambientes corporativos.
Em caso de fatores externos desmotivadores, o primeiro caminho é buscar diálogo com superiores e responsáveis pelo RH em busca por melhores condições. Se o cenário não apresentar nenhuma melhora, o melhor é começar a procurar por outras oportunidades de trabalho.
Saber identificar corretamente as causas da própria desmotivação é, portanto, uma habilidade essencial para a construção de uma carreira sólida e satisfatória. Por isso, sempre preste atenção aos sinais de falta de energia para o trabalho e empenhe-se em se questionar sobre as verdadeiras causas deste sentimento.