Criadas para ajudar empreendedores na estruturação do seu negócio, as aceleradoras de empresas têm como foco empreendimentos inovadores e com alto potencial de crescimento, especialmente no setor de tecnologia.
Diferentemente das incubadoras, as aceleradoras são privadas, com fins lucrativos e mantidas por investidores que visam ganhar dinheiro com o retorno da venda das ações da empresa acelerada. Dessa forma, o lucro está diretamente relacionado ao sucesso dos negócios.
Uma aceleradora proporciona suporte de gestão, com consultorias, mentorias e orientações de profissionais qualificados, o que permite a ampliação da rede de relacionamentos do empreendedor. Em contrapartida, recebem parte das ações da empresa acelerada.
O estabelecimento de relacionamentos profissionais valiosos, aliás, pode ultrapassar as fronteiras brasileiras. A aceleradora Outsource Brazil, por exemplo, busca apresentar suas empresas ao universo do Vale do Silício.
Para a empresa, é importante capacitar esses empreendedores para negociarem com investidores estrangeiros de igual para igual, de modo que expandam seus negócios e seu mercado de trabalho.
Para especialistas, o processo exige dedicação total do empreendedor. Só assim é possível que a empresa se desenvolva, em média, três vezes mais rápido do que sem a aceleração. O tempo que uma empresa fica sob a tutela da aceleradora varia conforme a proposta, mas dificilmente ultrapassa os seis meses.
No Brasil, além da Outsource, outras nove companhias são destaque, entre elas a 21212, que busca startups em estágio de validação de hipóteses e desenvolvimento do produto; a Aceleratech, que busca por startups com produto de base tecnológica; a Papaya Ventures, que é multitemática e seleciona cinco startups para serem aceleradas a cada seis meses; a Startup Farm, que acolhe desde startups que estejam iniciando até mais maduras e não pega participação nas empresas, entre outras.
Startup Brasil
Criada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a iniciativa tem por objetivo acelerar e investir cerca de 8 milhões de reais em empresas em estágio inicial. A medida ainda é vista com algumas ressalvas por especialistas no setor, e por isso ainda está em fase de testes e mudanças de regulamento e propostas. No entanto, muitas pessoas acreditam que é um importante passo para o Brasil e para o desenvolvimento de novos empreendedores.