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5 startups brasileiras que deixaram a garagem e conquistaram o mundo

De caronas à venda de passagens de ônibus, ideias brasileiras conquistaram o público internacional e hoje são referências em diferentes plataformas.

De uma grande ideia a um negócio de sucesso global. Algumas startups brasileiras conseguiram ultrapassar as fronteiras nacionais e chegaram ao mundo todo com grande sucesso. São empresas de tecnologia de origem brasileira que surgiram para atender uma necessidade do mercado nacional, porém também encontraram lá fora uma boa oportunidade de crescimento e expansão.

No post de hoje vamos apresentar como ocorreu este processo com 5 startups brasileiras que deixaram a garagem e conquistaram o mundo. Confira!

© Depositphotos.com / SergeyNivens A internacionalização de startups brasileiras ainda é exceção, mas o mercado de jovens empresas de alto impacto tem ganhado força.

Buscapé

Em 1999, Romero Rodrigues e mais três sócios tiveram a ideia de reunir todas as ofertas de um produto que existiam na internet em um só lugar: surgia o Buscapé. No começo, a ideia era também cadastrar lojas que não tivessem sites ou e-commerce, porém muitos lojistas não acreditaram na ideia. Então, a saída foi realmente investir em negócios online. Logo nos primeiros meses cerca de 30 empresas foram cadastradas e, hoje, mais de 500 mil oferecem seus produtos para mais de 60 milhões de usuários.

Segundo Rodrigues, “pensamos em montar um site de buscas de preços após uma conversa entre amigos, quando o Rodrigo Borges teve dificuldades de comprar uma impressora pela Internet, porque não encontrava informações de onde comprar disponíveis na web”. Vale ressaltar que, assim que surgiu, o negócio foi crescendo e chamando a atenção de investidores, tendo recebido um aporte inicial de U$ 500 mil dólares e outro de U$ 6 milhões algum tempo depois. Este investimento permitiu a expansão da marca para outros países, como Argentina, Chile, Colômbia e México.

Em 2008, o faturamento do Buscapé foi de R$ 50 milhões, o que chamou a atenção do grupo sul-africano Naspers. No ano seguinte, em 2009, 91% das ações da startup brasileira foram compradas pelo grupo por mais de US$ 340 milhões. Com isso, surgiu a Buscapé Company.

Easy Taxi

Fundada pelo empreendedor Tallis Gomes em 2011, a ferramenta ganhou a simpatia de taxistas brasileiros e hoje está presente em 32 países e totalizando mais de 10 milhões de usuários. A ideia, porém, começou a crescer graças a um trabalho exaustivo e persistente de Gomes, que foi convencendo taxista por taxista até que o aplicativo ficasse bem popular dentre os profissionais. E deu certo: como o tempo, mais de 200 mil taxistas passaram a utilizar o Easy Taxi.

Outra estratégia adotada foi prestigiar países mais carentes de tecnologia e que permitisse a implantação mais barata do negócio, como vizinhos na América do Sul e Latina, Ásia, África e Oriente Médio. O maior aplicativo de táxi do país já recebeu investimentos na casa dos R$ 145 milhões e atualmente está avaliada, segundo Tallis Gomes, em R$ 1 bilhão.

Click Bus

Não seria ótimo um aplicativo com os horários dos ônibus e que permitisse a compra de passagens no próprio celular? Foi o que pensou Fernando Prado em 2014, quando lançou a plataforma “Busão” e que rapidamente caiu nas graças dos brasileiros. A mudança para Click Bus veio após investimentos da alemã Rocket Internet e a consequente expansão para a própria Alemanha e países como México, Polônia, Paquistão, Tailândia e Turquia. Atualmente, o Click Bus vende mais de 60 mil passagens em todo o mundo, sendo 50% somente no Brasil.

Kekanto

Outra ideia brasileira que ganhou o mundo, o Kekanto surgiu graças a Fernando Okumura, Allan Panossian Kajimoto e Bruno Yoshimura. Os empresários pensaram e realizaram uma plataforma digital que reúne opiniões de pessoas sobre restaurantes, pontos turísticos, bares, lojas e outros estabelecimentos. O Kekanto recebe avaliações sobre locais e outros usuários podem consultar antes de decidir entre ir a um ou outro estabelecimento. Lançado em 2010 e presente atualmente em mais de 15 países, o Kekanto possui equipes dedicadas também no México, Argentina, Peru e Colômbia.

Um grande salto ocorreu quando o aplicativo foi escolhido por fabricantes de smartphones e tablets, com base na “Lei do Bem”, que prevê incentivos fiscais para aparelhos que possuam apps brasileiros. Com isso, empresas como Apple, LG, Motorola e Huawei “adotaram” o Kekanto e oferecem o serviço em seus aparelhos, o que fez sua popularidade aumentar ainda mais no Brasil e chegar a 1 milhão de usuários em 2013.

Tripda

Com o objetivo de reduzir os custos de transporte, a Tripda surgiu com a proposta de ser um aplicativo de caronas. A ideia é que as pessoas compartilhem seus destinos, quem está de carro, e ofereçam carona para outras pessoas com destino igual. Para tal, os motoristas precisam apenas colocar os locais de partida e chegada, modelo de carro e tolerância de espera. Através destas informações, outras pessoas podem entrar em contato para conseguir uma carona.

Hoje, o aplicativo Tripda está presente, além do Brasil, também nos EUA, Colômbia, Malásia, Paquistão, México, Chile, Filipinas, Uruguai, Índia, Singapura e Taiwan. Em 2014, a empresa adquiriu os sites Caronas.co e Unicaronas e recebeu investimentos. Com isso, o aplicativo atingiu mais de 50 mil usuários em um período de seis meses. Segundo um dos fundadores, Eduardo Prota, “com o sucesso no Brasil, decidimos investir com força total tanto em países emergentes quanto em um dos maiores mercados consumidores do mundo [Estados Unidos] e que já possui muitas empresas de economia colaborativa em atividade”.

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