A convivência entre gerações X e Y pode ser algo bem produtivo. Tudo depende de que forma como cada representante tira proveito da situação para se desenvolver intelectualmente e crescer dentro da empresa.
De acordo com pesquisa realizada pela Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, 95,07% dos jovens acham que a troca de experiências entre as diferentes gerações compõe um cenário positivo no mundo dos negócios. O levantamento ouviu 12. 491 jovens de 15 a 26 anos, entre 01 e 12 de fevereiro de 2016.
Ao perguntar: “Como é trabalhar com pessoas de diferentes idades?”, 80,05%, ou seja 9.999 participantes dos que defendem a boa relação, disseram ser “muito bom, pois há troca de conhecimentos”. Outros 1.876 (15,02%), afirmaram ser “bom, apesar de exigir paciência, pois cada geração tem opiniões distintas”.
Marcelo Cunha, analista de treinamento do Nube, explica que a Geração Y busca informações e conhecimentos o tempo todo e gostam de compartilhar, uma vez tem vontade de crescer e o alcançar o êxito rapidamente. “Justamente por isso, esses jovens não desprezam a vivência com os demais. Ao contrário, procuram sondar os veteranos, tentando encontrar novas rotas para o esperado triunfo profissional.”
Há quem critique a convivência com os mais velhos
A pesquisa descobriu também que os 101 jovens (0,81%) que não aprovam a convivência alegam que “os mais vividos não entendem os iniciantes”. Neste caso, Marcelo avalia: “O desenvolvimento de uma relação interpessoal ocorre quando se entende quais pontos são importantes para o outro e, principalmente, quando se aceita as diferenças.”
Uma parcela dos entrevistados – 515 jovens (4,12%) – ficou em cima do muro ao enumerar os fatores positivos que norteiam as relações entre as gerações X e Y. Para eles tudo “depende da atividade e do departamento”.
Para Cunha, independente da tarefa a ser executada, o funcionário só vai obter sucesso se souber ajustar suas características de acordo com a necessidade do projeto. “A fórmula não é impor o ‘como eu faço!’ e sim em entender o ‘como esperam que eu faça?’”, comenta. E completa: “A Geração X precisa ficar atenta aos excessos teóricos ou à possível resistência a novas ideias. Em contrapartida, a Geração Y deve conter a ansiedade e ponderar mais as decisões.”