Atrair os olhares dos recrutadores está longe de ser uma tarefa fácil. Com tantos currículos chegando diariamente, esses profissionais têm pela frente o desafio de escolher corretamente os candidatos que apresentam os melhores perfis e passá-los na primeira fase da triagem.
Porém, para conseguir chamar a atenção dos selecionadores, há quem coloque umas mentiras no currículo, o que pode comprometer a relação entre candidato e empresa. Além disso, o mundo corporativo não é tão grande quanto parece e um erro desses, por menor que seja, pode chegar aos ouvidos de outros selecionadores, fechando mais e mais portas para o autor.
“Na ansiedade de conseguir uma nova oportunidade de trabalho, muitas pessoas se perdem ao elaborar um currículo. Colocam informações falsas e acabam perdendo a oportunidade ou prejudicando um candidato que realmente preencha todos os requisitos que a vaga requer”, diz Juliana Barsotti, coordenadora de Recursos Humanos da TOP PEOPLE.
Recrutadores estão atentos!
A especialista garante que os selecionadores podem facilmente averiguar as informações contidas no currículo. E dá exemplos:
Fluência em outro idioma. Basta uma conversa com o candidato na língua para identificar se tem, de fato, habilidade para tal.
Período de permanência nas empresas. Com receio de achar que o recrutador achará pouco tempo ou que está há muitos meses desempregado, alguns candidatos estendem a data. Mas uma ligação pode comprovar a informação.
Cursos que não foram realizados, como graduação e informática. O recrutador pode entrar em contato com a instituição e/ou solicitar os devidos diplomas e certificados.
Disponibilidade para viajar ou trocar de residência. Este item é bem importante e o candidato tem que estar ciente da sua disponibilidade. Apenas preencher não é garantia de que conseguirá a oportunidade.
Informar experiência em um cargo no qual nunca atuou, ou só ouviu falar. É algo que o recrutador pode identificar facilmente na entrevista, realizando algumas perguntas técnicas.
“Por estes motivos, o indicado é colocar no currículo apenas informações verdadeiras para não correr o risco de fechar várias portas no decorrer da busca por recolocação profissional”, orienta Juliana Barsotti.