A luta para obter sucesso no mercado está cada vez mais dura. Com a crise econômica que enxugou os postos de trabalho e transformou os “sobreviventes” em multitarefas, os profissionais passaram a ficar cada vez mais de olho em sua conduta no ambiente de trabalho e em sua contribuição para alcançar os resultados almejados pela empresa.
De olho numa carreira promissora e diante de um cenário em constante mutação, o que mais é levado em conta na hora de se trilhar uma carreira bem-sucedida: o comportamento ou o desempenho?
Para saber o que os jovens profissionais pensam sobre o assunto, o Núcleo Brasileiro de Estágios entrevistou mais de 26 mil estudantes de 15 a 26 anos de todo o Brasil, entre 17 e 28 de abril.
A grande maioria, 76,25% (19.967) dos participantes, disse que ambos são importantes. Em segundo lugar ficou a alternativa “sim, o comportamento é o mais valorizado pelas organizações”, com 14,20% dos votos (3.719). Já para 1.849 estudantes (7,06%) tudo depende do tipo de empresa. E na opinião de 2,49% (651), o desempenho não é mais importante.
Greici Daniel, analista de treinamento do Nube, concorda com a opinião da maioria e defende que diversos fatores serão levados em consideração no momento de promover ou efetivar um colaborador, e não apenas algum ponto específico. “É indispensável a presença de competências técnicas e comportamentais para realizar as tarefas, pois só assim as mesmas terão qualidade e eficácia, com o jovem sendo proativo, amistoso e prestativo”, diz. “Assim, haverá uma chance maior de atender aos prazos e às expectativas direcionadas a ele”, completa.
A importância do conceito CHAVE
Uma chance maior de empregabilidade leva em consideração o famoso conceito “CHAVE”: conhecimento, habilidade, atitude, valores e ética. “O mercado está em busca de talentos competentes e comprometidos com ideais dignos. No entanto, a receita não está no alto desempenho ou em determinada característica, e sim na performance alinhada à postura; esse equilíbrio determinará o crescimento de um profissional diferenciado”, comenta Greici.
Os estudantes que responderam que tudo depende da empresa (7,06%), alegaram que as corporações podem apresentar modos diferentes de avaliar os seus colaboradores, estabelecendo prioridades específicas. Mas Greice pensa que, neste caso, o ideal é observar o comportamento dos demais colegas e alinhar expectativas com o gestor. “Dessa forma, o profissional terá mais condições para contribuir de maneira positiva e fazer a diferença.”
Geisi finaliza dizendo que um jovem com bom comportamento vai agir de forma responsável, sendo pontual e esforçado, além de procurar entender a sua função dentro da organização e verificar a melhor maneira de contribuir com seus companheiros. “A partir disso, agirá de forma ética, unindo maturidade, profissionalismo e talento. Com essa receita, não há mistério: a carreira bem-sucedida será consequência direta.”