O desemprego no Brasil só vem aumentando nos últimos anos. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no primeiro trimestre de 2017, o número de desempregados ficou em 13,5 milhões.
Diante desse número assustador, muitos candidatos estão acrescentando dados inconsistentes em seus currículos ou informações que não condizem com suas habilidades profissionais, experiências de trabalho, escolaridade e idiomas de domínio. A intenção é tentar deixar sua candidatura mais atrativa aos olhos do empregador.
Como alerta para esses profissionais que usam dados incoerentes para chamar a atenção das empresas, foi desenvolvido um estudo pela empresa de recrutamento e seleção Robert Half, que entrevistou 303 diretores de empresas brasileiras. Segundo os dados coletados, 75% das empresas já eliminaram candidatos justamente por encontrar mentiras nos currículos apresentados.
Isis Borges, gerente de divisão da Robert Half, disse ao site Gazeta Online que em alguns casos a mentira é detectada durante as conversas dos processos seletivos, quando o entrevistador percebe inconsistências nas informações. Ela ainda ressalta que, em outros momentos, a mentira é descoberta quando o recrutador liga para antigos empregadores, pares de trabalho ou instituições de ensino para checar as informações apresentadas no currículo. “De qualquer forma, é importante ter em mente que, em geral, as empresas checam as informações”, afirma a especialista.
Chegamos à conclusão, portanto, que é fundamental um currículo profissional contenha apenas informações verídicas. Assim, o entrevistador se tornas capaz de avaliar o candidato de maneira correta e justa, verificando se o perfil do candidato realmente está de acordo com a vaga oferecida.
Quais são as maiores mentiras acrescentadas no currículo?
- Experiências de Trabalho – 56%;
- Ensino/Graduação – 46%;
- Habilidades Técnicas – 44%;
- Idiomas – 39%;
- Habilidades de Liderança – 27%;
- Estágios – 26%.
Ranking dos países onde os candidatos mais mentem
- Chile – 80%;
- Emirados Árabes – 79%;
- Brasil / Alemanha – 75%;
- Bélgica – 74%;
- Holanda – 71%;
- Austrália Suíça – 68%;
- Reino Unido – 62%;
- França – 47%.