Ainda muito praticada no meio empresarial, a microgestão raramente é vista como positiva pelos colaboradores e pelos demais métodos de gestão da atualidade. Em geral, este estilo gerencial é aceito por profissionais mais antigos e que possuem experiência em sistemas mais conservadores, enquanto a geração atual tende a ser independente e ter mais dificuldade de se adaptar.
O que é microgestão?
O sistema de microgestão é paternalista, caracterizando-se pela tendência a centralizar tarefas em vez de delega-las. Com isso, o gestor impede que haja uma evolução natural nos processos administrativos e limita a liberdade dos colaboradores, impedindo sua plena participação. Além disso, a microgestão faz com que o gestor investigue seus colaboradores e acabe se tornando um “olheiro” da direção, indo até ela relatar as falhas ocorridas.
Os conflitos acabam sendo inevitáveis neste tipo de contexto, uma vez que o sistema de microgestão deixa claro que não há confiança plena no trabalho da equipe, sendo necessário um acompanhamento constante. Com a constante pressão e falta de autonomia, o colaborador acaba se sentindo acuado, perde sua capacidade real de produção e passa a temer seu gestor — em vez de enxerga-lo como seu parceiro.
Por que a microgestão ainda é tão recorrente?
Um dos principais motivos que levam o gestor a optar por esse modelo de administração é sua própria insegurança em lidar com pessoas e metas. Quando o gestor não acredita em sua capacidade de liderança, acaba transferindo esse receio para a capacidade de sua equipe em realizar os trabalhos com plenitude.
É inevitável que uma relação se estabeleça de maneira sólida sem que haja confiança entre os parceiros. O trabalho sob pressão pelo cumprimento de metas sem que haja liberdade de opiniões, o colaborador se sente acuado e não consegue dividir suas dúvidas e receios sobre o trabalho desempenhado. Isso apenas dá sequência a uma série de erros que não são resolvidos no tempo e na forma hábil.
A proposta administrativa atual entende que o líder não sabe tudo e nem precisa dominar todos os conhecimentos, desde que ele se rodeie de uma equipe capacitada. A liderança moderna se porta de modo a fazer com que os colaboradores possam exercer o máximo de suas qualidades e experiências, de modo a alcançar os resultados com excelência.
Um líder que não atua por meio da microgestão sabe ser humilde para aprender com cada colaborador, além de ouvir e estar sempre se informando. Além disso, ele está aberto às novidades e diferentes possibilidades de chegar mais rápido e com mais qualidade no caminho desejado.
Independentemente do tipo de gestão adotada, é importante que as equipes sejam supervisionadas e avaliadas pelo seu desempenho e progresso. Mas é a forma com que se realiza essas ações que faz toda a diferença para que o trabalho esteja em constante processo de evolução e desenvolvimento.