Todos sabem que a economia brasileira está sofrendo uma profunda recessão, e essa nova realidade está atingindo cada vez mais o bolso da população. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no mês de julho fechou em 13,3%. Esse número só não é maior por conta das micro e pequenas empresas, que são responsáveis por cerca de 60% das vagas de emprego e 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Dados obtidos pelo Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged) e analisados pelo Sebrae mostraram que as empresas de menor porte criaram 43,7 mil novos postos de empregos, enquanto as médias e grandes fecharam 6,8 mil vagas. Sendo assim, podemos notar que desde janeiro essas empresas deram a oportunidade de trabalho para 264,3 mil desempregados.
Dessas empresas, o setor de Serviços foi o que mais criou empregos, responsável pela criação de 18 mil postos de trabalho e 44 mil carteiras assinadas, seguido do Comércio com 10,3 mil novas vagas. Infelizmente, esse número é bastante diferente nas médias e grandes empresas, que extinguiram 163,2 mil postos de trabalho.
Nos últimos cinco anos foram as micro e pequenas empresas que sustentaram a geração de emprego do mercado do País, devido ao aumento crescente da formalização por meio de programas como o Simples Nacional e o Microempreendedor Individual (MEI). O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingo, disse ao portal G1: “Eu digo e repito: os pequenos negócios são a locomotiva que puxam o país, mesmo em um período prolongado de crise. Apesar das dificuldades com o crédito e dos entraves burocráticos, eles geraram mais de 200 mil empregos em 2017. Imagina se tivessem mais apoio?”.
Essas empresas de menor porte estão conseguindo se manter dentro do mercado por serem extremamente abundantes em mão de obra, e não em capital, e por possuírem poucos recursos financeiros — não substituindo sua mão de obra por tecnologia como as de grande porte.