As semijoias estão entre os produtos mais procurados pelos consumidores brasileiros, atraindo cada vez mais empreendedores a investir no setor. No Brasil, mais de 3 mil micro e pequenos empresários trabalham no mercado de bijuterias e semijoias, movimentando cerca de 600 milhões de reais ao ano.
Para quem quer iniciar um negócio no ramo, as revendas são as opções mais indicadas, já que possuem baixo investimento e bom retorno. Uma revenda de semijoias nada mais é do que comprar os produtos diretamente da fábrica e revendê-los, seja em uma loja, em casa ou pela internet.
Assim como em qualquer outro negócio, para obter sucesso nas vendas é preciso tomar alguns cuidados e observar as tendências e características específicas deste mercado. Para ajudá-lo, conversamos com Danilo Pereira , dono da Agnello Semijoias, que compartilhou algumas dicas para quem quer investir neste setor.
Como escolher as fábricas de semijoias?
Independente da modalidade de negócio – loja online ou física –, um dos pontos principais para iniciar um empreendimento deste tipo é a escolha de bons fornecedores.
Com a variedade de fabricantes de semijoias no mercado, é preciso tomar alguns cuidados e observar aspectos como preço, a qualidade, as opções de pagamento e prazos de entrega na hora de escolher a melhor opção.
Os produtos devem oferecer uma boa relação preço x qualidade. Lembre-se que o valor deve ser atraente, já que você deverá incorporar uma margem de lucro de no mínimo 100% para manter o seu negócio rentável.
As condições de pagamento talvez não pareçam muito importantes no primeiro momento, porém, quando começar a comprar grandes quantias, bem como receber o pagamento parcelado de seus compradores, perceberá a necessidade de flexibilidade na hora de fechar seus pedidos.
Um bom meio de conseguir novos parceiros, segundo Danilo, são as feiras de semijoias que acontecem durante o ano todo em diversos lugares do Brasil.
Loja física ou e-commerce?
O investimento em uma loja física dependerá de muitos fatores, que vão desde o local de instalação até a quantidade de produtos que irá disponibilizar.
Independente do tamanho do negócio, no entanto, os custos, geralmente, são mais altos do que o de abrir uma revenda online. Neste caso, além de diminuírem as despesas fixas (aluguel do espaço, luz, água), os gastos com equipe também são menores.
De acordo com Danilo Pereira, o investimento inicial depende da modalidade escolhida. “Uma loja online dá pra abrir com 10 mil reais em mercadoria, já uma loja física você precisa de uns 100 mil”. Outra possibilidade, segundo ele, é pegar a mercadoria em consignação, assim não terá um custo inicial.
Mas não pense que é fácil abrir uma loja online. São diversos detalhes envolvidos, que exigem conhecimento e planejamento. Portanto, o mais indicado é que se contrate uma empresa, pelo menos para a parte inicial, de estruturação do site. O gerenciamento e o marketing podem, então, ficar a cargo de uma equipe interna.
Como administrar o negócio?
De acordo com as estatísticas, mais de 40% dos negócios vão à falência devido à má administração. Portanto, é preciso um planejamento detalhado antes de começar o seu empreendimento. A análise do mercado, o capital de giro, taxas de juro, imposto de renda e custos gerais, todos esses pontos devem ser estudados e bem administrados para que o seu negócio dê certo.
Para quem não possui conhecimento ou experiência na área, é recomendável contratar uma consultoria ou, até mesmo, realizar um curso para pequenos empresários.
Como se destacar da concorrência?
Para se destacar em mercado concorrido como o de semijoias, Danilo dá a dica. “É preciso apostar em design e originalidade. Além de ter peças de boa qualidade, e com um preço bom, é preciso renovar a mercadoria com frequência e trazer as novidades em primeira mão”, explica.