Com conquistas e desafios, as empresas familiares figuram como parte importante da economia mundial. Algumas delas transformam-se geração após geração mantendo-se no mercado e crescendo de maneira importante e consolidada. No Brasil, segundo dados divulgados em maio 2013 pela revista Forbes, dos dez maiores grupos empresariais quatro são familiares (o banco Itaú Unibanco, a Itaúsa, o Grupo Pão de Açúcar e a JBS Friboi). Este dado demonstra claramente a importância deste tipo de empreendimento para a economia.
O Itaú Unibanco, maior instituição financeira privada da América Latina, é um exemplo ainda mais evidente, já que nasceu da fusão, em 2008, de dois bancos familiares. Atualmente seu valor de mercado é de aproximadamente US$ 82 bilhões. A maior dificuldade em um caso como o do Itaú Unibanco é seguir adiante sem que se instaure um choque de culturas. Afinal a fusão, além de representar uma mudança organizacional, também aponta a necessidade de duas famílias dialogarem sobre os legados que pretendem deixar para seus descendentes e a sociedade.
Nos EUA, segundo dados divulgados pela revista americana Business Family em 2011, as empresas familiares são responsáveis por mais de 60% dos empregos gerados, contribuindo com 64% do PIB. A maior empresa familiar americana é o Walmart. Fundada em 1962 por Sam Walton, a rede varejista internacional conta com um faturamento anual de aproximadamente 421,85 bilhões de dólares. O filho do fundador, Sam Walton, representa a família como Presidente do Conselho de Administração da empresa. Também figuram no ranking das maiores empresas familiares dos EUA, por ordem de faturamento, a automotiva Ford, a Cargill, a Koch (do setor petrolífero) e a Carlson (setor hoteleiro).
Na Europa, os associados da European Family Busenesses, entidade que reúne as principais empresas familiares do continente, respondem por pelo menos 9% do PIB da região. Segundo pesquisa realizada pela KPMG e divulgados em março de 2014, 54% das empresas familiares locais acreditam em um avanço positivo para os próximos 12 meses, mesmo diante das dificuldades econômicas enfrentadas em diversos países da Europa.
Todos esses dados demonstram o fundamental espaço ocupado pelas empresas familiares em diferentes contextos econômicos e políticos. Apontam, ainda, a influência desses grupos familiares na geração de empregos e no desenvolvimento de países. Com o amadurecimento dos processos de gestão e de sucessão, é grande a possibilidade de que as empresas familiares continuem prosperando e se destacando no cenário internacional, levando, inclusive, à criação de políticas que facilitem sua manutenção e fortalecimento.