Loja de instrumento musical. Foto: © Depositphotos.com / sergioz
Por muitos anos pesquisas apontavam que apenas 30% dos negócios abertos no país sobreviviam mais de dois anos. As mudanças econômicas, que aqueceram o mercado interno, juntamente com outros fatores como o amadurecimento dos processos de gestão e facilidades fiscais, elevaram consideravelmente esta taxa. Segundo dados de 2010 divulgados pelo Sebrae em fevereiro de 2014, este número aumentou significativamente, para 75%.
A partir destes e de outros dados é possível observar alguns tipos de negócios que, com uma gestão mais atenta e amadurecida, souberam aproveitar o contexto geral do mercado e para se estruturar, transformando-se em verdadeiras referências de negócios que dão certo no Brasil. Segundo dados da revista Exame, um bom exemplo são as empresas de venda de instrumentos musicais.
Com a alta do dólar, este tipo de empreendimento cresceu 12% no último ano, atingindo um faturamento de R$ 600 milhões. Foi o tipo de negócio que apresentou melhor índice de sobrevivência, segundo a pesquisa divulgada pelo Sebrae, com 89%.
A tecnologia também vem se mostrando uma área bastante destacada dentre os negócios que dão certo. De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2012, 46% das casas brasileiras contam com pelo menos um computador. Os dados divulgados pelo Sebrae dão outro exemplo do sucesso deste tipo de empreendimento, apontando um índice de sobrevivência de 86% para empresas de fabricação de circuitos integrados e aplicação de tecnologias altamente especializadas.
Os empreendimentos de TI também são destaque na versão de 2013 do estudo “As Pequenas e Médias Empresas que Mais Crescem no Brasil”, realizado pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios e a Deloitte Global Services Limited. No ranking das 250 PME’s com maior crescimento elaborado pelo estudo, nada menos do que 48 eram do setor de TI, informática e Internet.
Confira abaixo outros setores de destaque, segundo a pesquisa divulgada pela Revista Exame:
Mesmo com o ritmo lento da indústria brasileira, o comércio de equipamentos para o setor industrial (contando aqui também partes e peças, e não apenas as máquinas inteiras) atingiu um índice de sobrevivência de respeitáveis 86%. Para que se compreenda o montante dessas operações, foram movimentados 2,4 bilhões de dólares apenas com a importação destes itens em 2011.
Este tipo de negócio está atrelado a outro empreendimento próspero: a fabricação de máquinas. Com índice de sobrevivência de 85%, trata-se de um setor de 70 bilhões de dólares ainda completamente dominado por empresas nacionais.
Já o comércio varejista de equipamentos elétricos vem sendo especialmente beneficiado pelo aumento das obras de infraestrutura no país. Apresentou um índico de sobrevivência de 86%, segundo a pesquisa.
Loja de tintas. Foto: © Depositphotos.com / kalinovsky.
Outro tipo de empreendimento favorecido pelo aquecimento das obras de infraestrutura brasileiras foi o comércio varejista de tintas e material de pintura. Para que se compreenda a dimensão da demanda, aproximadamente 1,4 bilhões de litros de tinta são produzidos no Brasil anualmente e a taxa de sobrevivência dos comércios especializados em tintas é de 85%.
Outros negócios em destaque, que merecem ser conhecidos mais a fundo por empreendedores de todos os ramos – e também para quem está pesquisando que novo negócio abrir, são: comércio de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário, comércio varejista de vidros, móveis, colchões e iluminação, manutenção de motocicletas e fabricação de produtos de metal e de minerais não metálicos.
