O Brasil é um dos países que mais se destacam quando o assunto é empreender. Quando comparado com outros componentes do Brics, por exemplo, o país assume a liderança do ranking do empreendedorismo. Dados revelam que em uma década, a taxa brasileira saltou de 23% para 34,5%, devido à uma enorme oferta de oportunidades.
No entanto, esse cenário tende a mudar diante da situação econômica registrada em 2015. O mercado em geral tem se perguntado se o ano, realmente, é bom para investir em um novo negócio.
De modo a responder essa dúvida que assombra milhares de empresários e investidores, o PiniOn, plataforma mobile que reúne a opinião dos usuários sobre determinado tema, realizou uma pesquisa com 2.119 pessoas, entre 18 e 64 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Curitiba, Brasília e Recife.
O resultado revelou o que especialistas já acreditavam: 58% dos respondentes não acreditam que esse seja o ano para empreender. Outros dados ainda revelam que 23% acreditam que o ano de 2014 foi mais fácil para novos negócios e 54% acredita que os dois próximos anos serão igualmente difíceis.
Por outro lado, a vontade de ser dono do próprio negócio ainda faz parte dos planos dos brasileiros. Ao todo, cerca de 80% tem o desejo de empreender. Dentre os motivos, estão a independência financeira e a oportunidade de crescimento profissional.
A pesquisa revelou também o perfil do empreendedor: 52% têm entre 25 e 34 anos, 26% têm entre 18 e 24 anos, 50% são mulheres e 51% são homens. Salvador é a cidade onde se encontra a maior proporção de jovens empresários, 84% entre 18 e 34 anos.
Principais desafios
25% dos respondentes já possuem um negócio próprio, sendo que as proporções são praticamente as mesmas em todas as cidades, apenas Curitiba se destaca, com 33% dos respondentes; dos que já possuem empresas, 94% são de pequeno porte e foram abertas há menos de 5 anos (43%).
Dentre as dificuldades são destacadas a alta competitividade do mercado e as dificuldades geradas pelo cenário econômico nacional e internacional.
Áreas e setores mais buscados
• 40% no comércio;
• 35% serviços;
• 10% tecnologia.