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Agressividade no ambiente de trabalho pode ser contagioso

Atitudes rudes na empresa não são apenas desagradáveis. Elas se tornam contagiosas e perigosas para as relações profissionais.

© Depositphotos.com / mast3r Segundo estudo, grosseria no ambiente de trabalho pode prejudicar a produtividade.

Um estudo recente realizado na Universidade da Florida, nos Estados Unidos, fez soar um alarme nas empresas ao revelar que as pessoas grosseiras e o comportamento rude, infelizmente tão frequentes no ambiente de trabalho, podem tornar o clima no escritório ruim.

Segundo o autor da pesquisa, Trevor Foulk, doutorando da Warrington College of Business Administration, ter contato com pessoas mal-educadas faz com que os profissionais se tornem mais propensos a reproduzirem esse tipo de comportamento com outras pessoas, dentro e fora do escritório. O problema é uma bola de neve e parece nunca acabar.

Para chegar a essa descoberta e entender como as ações do dia-a-dia podem se espalhar pelo ambiente, o estudo publicado no Journal of Applied Psychology acompanhou 90 estudantes de pós-graduação que praticavam habilidades de negociação com os colegas.

No período, os estudantes que classificaram os parceiros como agressivos ou grosseiros, tinham maior propensão para se tornarem mal-educados. Curiosamente, o efeito persistiu mesmo com o passar dos dias e intervalos de uma semana entre a primeira e a segunda negociação.

Em outro momento, Foulk colocou vídeos de negociações grosseiras para algumas pessoas assistirem e incentivou um exercício: eles teriam que escrever um e-mail fictício para o negociador em questão. Apesar de terem apenas testemunhado um ato de grosseria, sem participar da interação, ainda assim, a tendência era que se tornassem mais hostis durante uma troca de e-mails posteriormente.

Problema é recorrente

A pesquisa vai ao encontro de outros dois estudos recentes realizados nos EUA e no Reino Unido, que afirmavam que a grosseria se tornou padrão em muitos locais de trabalho, principalmente entre chefes e subordinados.

Segundo o autor, parte do problema diz respeito à forma como o comportamento é banalizado, sendo tolerado apesar de bastante prejudicial. A expectativa é de que, com esse estudo, os empregadores e as empresas passem a levar esse tipo de comportamento a sério dentro do ambiente de trabalho e tomem alguma iniciativa para freá-lo.

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