Um funcionário com comportamento tóxico é sempre negativo, agressivo e muitas vezes desrespeita os outros colegas. Este tipo de atitude prejudica a harmonia no ambiente de trabalho e a produtividade dos outros profissionais, além de ser “contagioso”, pois, com a convivência, outras pessoas podem adotar condutas parecidas.
Segundo pesquisa realizada pela empresa de desenvolvimento de liderança e treinamento Fierce Inc., na qual foram ouvidos 500 profissionais americanos, as atitudes mais apontadas como prejudiciais ao ambiente de trabalho são a negatividade (41%) e a passivo-agressividade (32%). Também foi indicado por cerca de 10% dos entrevistados que culpar os outros pelos erros e fazer fofoca sobre os colegas são comportamentos mais tóxicos. Outros 6% registraram a preguiça como pior característica.
Porém, mesmo que a maioria dos funcionários entrevistados (88%) considerem que o talento ou habilidade do profissional tóxico não compensam as condutas negativas, apenas 40% dos gestores demitiriam alguém por conta de suas atitudes. A queixa dos trabalhadores é de que as empresas são tolerantes com essas pessoas difíceis, entretanto, poucos chegam a conversar diretamente com quem tem comportamentos tóxicos e a grande maioria apenas procura evitar o convívio.
O levantamento mostrou ainda que, mais da metade dos profissionais discutem com colegas de trabalho pelo menos uma vez por mês e, muitas vezes, esses conflitos não são resolvidos, mantendo o clima de desarmonia na empresa.
Para Susan Scott, presidente da Fierce, a solução para esse problema seria investigar as causas para levam essa pessoa a ter atitudes prejudiciais e depois incentivar uma comunicação transparente e ações que reconheçam o valor do trabalho realizado por todos. “Há um descompasso entre a opinião que funcionários têm de seus colegas e a sua percepção de como a liderança lida com a situação”, afirma Susan.