O que diferencia um ótimo gestor de um gestor medíocre? A habilidade de extrair o máximo que puder de seus funcionários e, consequentemente, fazer sua empresa crescer de maneira expoente. Muitas vezes as soluções para motivar os trabalhadores vêm de conceitos diferentes, mas não menos eficientes.
Richard Branson, fundador do grupo Virgin, presente nos mais diversos ramos comerciais, escreveu a seguinte frase em seu novo livro, “The Virgin Way”, no qual anunciou que os funcionários da empresa nas sedes dos Estados Unidos e Reino Unido vão receber tempo ilimitado de recesso: “Se a semana de trabalho das 8h às 18h já virou um paradigma do passado, por que tantas empresas insistem em adotar políticas ultrapassadas sobre as férias?”
Logicamente que o novo benefício só será liberado, caso os trabalhadores cumpram com seus prazos e entreguem suas obrigações em dia. Porém, a prática não é inédita, Branson admitiu que o que o inspirou a liberar o tempo ilimitado de férias foi uma política similar do Netflix, que, em 2010, permitiu que seus funcionários fizessem recessos quando quisessem, sem precisar da aprovação de superiores.
Enquanto a tecnologia facilitou o trabalho fora do escritório e fez as pessoas ficarem disponíveis o tempo inteiro, Branson concluiu que, no final das contas, tarefas concluídas são o foco mais saudável para as empresas que as horas trabalhadas.
Porém, ao contrário do que muitos podem pensar, o ponto chave para que a política de férias liberadas dê certo é que os funcionários só irão se desligar do trabalho quando tiverem 100% de certeza de que suas ausências não vão prejudicar suas empresas e, consequentemente, suas carreiras.
Outras startups que estão em alta nos últimos anos também adotaram práticas parecidas, como o Foursquare e o Tumblr. Porém, a política ainda divide opiniões. Alguns diretores têm medo de que as férias liberadas tentem os funcionários a adotarem posturas catastróficas de liberação geral, mas outros descobriram que elas podem aumentar a produtividade da empresa.