No Brasil, a chamada Lei de Cotas (art. 93 da Lei nº 8.213/91) estabelece a obrigatoriedade de que empresas com cem ou mais empregados preencham de 2% a 5% de seus cargos com pessoas com deficiência. Porém, apesar do caráter mandatório, a inclusão de profissionais deste tipo traz uma série de impactos no ponto de vista social e econômico.
Desde que entrou em vigor, a Lei de Cotas proporcionou a entrada de 300 mil deficientes no mercado de trabalho. Apesar do número expressivo, é preciso por na balança que ela gerou 1 milhão de vagas, sendo assim, ainda existem 700 mil postos a espera de pessoas para preenchê-los.
É exatamente nesse processo de inclusão que entram empresas como a i.Social. Esta é uma consultoria com foco na inclusão social e econômica de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Suas atividades são desenvolvidas junto a grandes empresas, órgãos públicos e entidades do terceiro setor e visam viabilizar programas de inclusão que melhorem a qualidade de vida deste público.
Com experiência baseada na inclusão de mais de oito mil pessoas em mais de 400 empresas, a i.Social desenvolveu uma metodologia para estruturar um Programa de Inclusão Sustentável.
O primeiro módulo é estrutural, no qual a consultoria tenta entender a realidade da empresa. A partir daí, são realizadas análises de acessibilidade, mapeamentos de cargo e, com base nestas informações é iniciado o recrutamento e seleção. O segundo eixo é o módulo cultural, em que atuam com os diversos públicos da empresa, desde colaboradores, RH, gestores e alta liderança, por meio de palestras e treinamentos para informar e conscientizar cada colaborador sobre o papel de cada um neste processo. Simultaneamente os consultores trabalham o módulo comunicação, desenvolvendo conteúdo para cada canal de comunicação da empresa e também cartilhas específicas para cada público com informações que auxiliam os colaboradores. E por último são desenvolvidas ações para o módulo retenção, com o objetivo de trabalhar a carreira e retenção dos profissionais com deficiência.
O desafio agora, além de ampliar o número de pessoas empregadas, é a criação de novos instrumentos que garantam maior qualidade no processo de inclusão. As vagas ocupadas por pessoas com deficiência nas empresas ainda estão, em grande parte, localizadas na base da pirâmide organizacional.
“O que vemos atualmente no processo de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é que as vagas oferecidas a estes profissionais são pouco atrativas, na maior parte das vezes operacionais e com baixos salários. Outro problema é que as pessoas com deficiências mais severas, como cadeirantes, cegos, surdos totais, pessoas com deficiência intelectual e deficiências múltiplas, encontram pouquíssimas oportunidades de trabalho”, explica Jaques Haber, diretor da i.Social.
Fonte: i.Social