Existem diferentes tipos de ambientes de trabalho: fábricas, fazendas, escritórios, escolas, galpões, obras, salões de beleza, oficinas mecânicas, casas. Na verdade, é praticamente impossível listar todos os locais onde os seres humanos podem exercer suas atividades laborais. Porém, comum a todos eles está a necessidade de adaptação do corpo humano. Mas como evitar que as tarefas de trabalho sejam nocivas ao corpo? É possível produzir sem agredir a nossa fisiologia? A manutenção da saúde física deve ser prioridade também quando trabalhamos?
A ergonomia é a chave para responder a estas perguntas. A palavra, de origem grega, – ergo (trabalho), nomos (regras) – denomina uma série de práticas, procedimentos e ações que visam à manutenção da saúde física de colaboradores em ambientes de trabalho. Atentar para questões ligadas à ergonomia significa se preocupar com detalhes que, acumulados, podem causar danos ao corpo do funcionário, prejudicando por consequência a sua produtividade e, em casos mais graves, levando até ao seu afastamento.
Os pontos iniciais ligados à ergonomia dizem respeito à segurança. Cada atividade profissional deve seguir regras específicas para evitar acidentes, exposição dos funcionários a substâncias tóxicas e qualquer risco à sua integridade física. Técnicos de Segurança no Trabalho têm justamente a função de averiguar estas condições e garantir que as atividades laborais sejam executadas de maneira adequada.
Além da segurança, a ergonomia pede atenção para a prevenção de possíveis problemas físicos, como lesões e desvios posturais que possam ser provocados pela repetição de ações em ambiente de trabalho. Máquinas em tamanho inadequado ou que exijam a utilização excessiva de força, bem como cadeiras que não ofereçam um apoio correto para a coluna podem colaborar diretamente para o aparecimento de desconfortos e, até, enfermidades. Por isso, consultorias especializadas oferecem equipes multidisciplinares (que contam com fisioterapeutas, médicos e, em alguns casos, também arquitetos e designers) com a missão de identificar os erros de ergonomia a apresentar soluções.
Algumas práticas podem ser aplicadas também pelos funcionários, como realizar pausas durante o expediente e procurar fazer alongamentos, principalmente das regiões do corpo mais envolvidas com o trabalho. Fisioterapeutas podem indicar os melhores exercícios para cada atividade laboral. Para completar o ciclo da ergonomia, as empresas também precisam olhar para questões administrativas, organizando turnos de trabalho e revezamento de profissionais que levem em consideração o bem-estar e a saúde desses colaboradores.