A saída de um profissional de uma empresa tem uma série de consequências práticas, como a busca por outro colaborador para a substituição daquele que está partindo. Além de cuidar desses trâmites, algumas organizações utilizam estes momentos para observarem suas próprias práticas, promovendo uma conversa com o colaborador que está de partida.
Esta reunião final é chamada nos meios corporativos de entrevista de desligamento. Seu principal objetivo é colher informações que ajudem a compreender melhor a situação das relações dentro da empresa, além de buscar sanar problemas como a alta rotatividade.
De modo geral, é um profissional da área de Recursos Humanos o responsável por realizar a entrevista de desligamento. Existe, neste processo, a preocupação de obter do funcionário que está se desligando – seja por sua própria vontade ou por uma demissão – o máximo possível de informações, com destaque para as possíveis insatisfações deste em relação à empresa. Por esse motivo, normalmente, é uma pessoa de outra área, e não apenas o seu superior direto, quem tende a conduzir entrevista de desligamento.
Para o funcionário, é a oportunidade de finalizar de uma maneira saudável a sua relação com a organização, mesmo que divergências ou outros problemas tenham sido os causadores do desligamento. O profissional deve apenas tomar o cuidado de ser o máximo assertivo em suas colocações, sem deixar as emoções falarem mais alto.
Por outro lado, a entrevista de desligamento pode auxiliá-lo na compreensão de sua situação e nos verdadeiros motivos que levaram ao desligamento, voluntário ou não.
Para as empresas, as informações obtidas nestas entrevistas podem ser muito úteis, sobretudo quando se percebe um número excessivo de talentos optando por deixar a organização em um curto período de tempo. Nesses casos a conversa pode indicar qual o problema, e se existe algum gestor ou ação organizacional provocando a saída de profissionais promissores.