Mesmo com a busca incessante das mulheres pela igualdade social, o mercado de trabalho possui um cenário muito discrepante quando o assunto é a participação de homens e mulheres. Vale destacar, entretanto, que o desemprego é uma dificuldade que atualmente afeta trabalhadores de ambos os sexos: estima-se que mais de 13 milhões de brasileiros estejam à procura de uma recolocação profissional, uma realidade que é justificada por um mercado de trabalho cada vez mais exigente e limitado por conta da crise econômica.
Apesar do cenário desfavorável para todos, um estudo realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as mulheres são ainda mais prejudicadas com o desemprego no Brasil. Os dados mostram que a diferença entre os homens e as mulheres é bastante significativa, já que a taxa de desemprego entre homens é de 10,7% enquanto a das mulheres é de 13,8%.
Em entrevista ao Portal G1, o Coordenador de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azevedo, explicou: “A gente acompanha a participação da mulher desde 2012 e o que a gente mostra é que todas aquelas mazelas já conhecias com relação à mulher no mercado permanecem. Elas têm dificuldade de entrar, a taxa de desocupação é maior, estamos vivendo uma recessão onde tem 13 milhões de pessoas desocupadas, e parte expressiva é de mulheres”.
Acredita-se que essa diferença aconteça porque ainda existe muito machismo dentro das empresas e no mercado de trabalho em geral. Isso porque, embora muitas mulheres tenham bastante experiência e uma excelente formação acadêmica, os empregadores têm em mente que elas naturalmente possuem uma tendência a dar prioridade para a família, deixando o emprego em segundo plano.
Azevedo ainda ressaltou que “As mulheres têm mais dificuldades do que os homens. Numa firma pequena [em plena crise], imagine um homem e uma mulher [funcionários]. Imagine que essa mulher tem 24 anos e o homem, 28. Ela pode engravidar, terá de ficar de licença, outro funcionário ser contratado… Para não ter esse ‘custo’, a empresa acaba preferindo contratar um homem”.
Como solucionar a desigualdade no mercado de trabalho?
Diante desse cenário, muitas mulheres estão buscando alternativas para driblar o desemprego e conseguir pagar suas contas. Uma das saídas encontradas por elas é fugir da zona de conforto e abrir o seu próprio negócio.
A Global Entrepreneurship Monitor (GEM), pesquisa realizada em parceria entre o Sebrae e o IBQP, constatou que o empreendedorismo feminino chegou a 15,4% no País. As áreas de atuação geralmente escolhidas pelas mulheres vão desde serviços domésticos, cabeleireiros e tratamentos estéticos, até lojas de roupas e foodtrucks.
Com certeza, o principal objetivo é não desanimar para tentar reverter este quadro tão assustador e desigual que permanece mesmo nos dias atuais. O objetivo é encontrar nas dificuldades uma oportunidade de progredir e crescer profissionalmente.