Uma das principais características do mundo contemporâneo é a facilidade de mobilidade profissional. Através da utilização de novas tecnologias da comunicação e da ampliação dos contatos profissionais entre países, é cada dia mais comum encontrar ambientes corporativos compostos por pessoas de diferentes origens.
Em um país de dimensões continentais como o Brasil, é ainda mais comum sentir os traços da multiplicidade cultural, já que profissionais de diferentes regiões trazem consigo distintos comportamentos e expressões característicos de seus locais de origem. Ainda assim, por falarmos a mesma língua e compartilharmos de uma identidade nacional, os choques culturais tendem a ser menos intensos do que quando a mistura se dá com a presença de pessoas de diferentes países.
Para que o multiculturalismo seja uma vantagem estratégica, é importante que a organização conte com gestores capazes de entender a singularidades de cada colaborador, bem como suas tendências culturais. Com um olhar atento, o gestor poderá intervir para evitar maus entendidos provenientes das diferenças culturais e até auxiliar os profissionais em seu processo de integração.
A atenção também deve estar voltada para a valorização das percepções que, mesmo inusitadas, podem ajudar a enxergar situações de formas originais, oferecendo soluções até então não imaginadas. Isso não significa dar mais valor aos profissionais estrangeiros. Ao contrário, o ideal é que as ideias e inovações surjam dos desafios constantes enfrentados por todos os colaboradores – criativamente e em conjunto. Isso significa que, mesmo com as necessidades de prevenção de conflitos – que naturalmente podem se fazer mais presentes por dificuldades das comunicação ligadas ao multiculturalismo – um ambiente de trabalho marcado pela diversidade cultural tem potencial para se tornar altamente criativo, dinâmico e estimulante.