Conviver harmoniosamente com pessoas de variadas personalidades e temperamentos é, certamente, um dos maiores desafios da vida profissional. Para tornar esta tarefa ainda mais complicada, há fatores como concorrência, pressão, diferenças ideológicas e até mesmo presença de pessoas mal humoradas que contaminam o ambiente de trabalho como um todo. Por outro lado, é essencial saber lidar da melhor maneira com todos os colegas de trabalho, de modo a evitar conflitos, insatisfação e estresse.
Um dos perfis profissionais mais difíceis de lidar é o das pessoas intransigentes e intolerantes, que estão sempre prontas para delegar tarefas e fazer valer sua opinião sobre a ideia dos outros. Conhecidas popularmente como “mandonas”, essas pessoas podem contribuir negativamente para o ambiente organizacional, causando conflitos interpessoais e muitas vezes se tornando pessoas tóxicas no trabalho.
Para entender como os profissionais do futuro lidam com este tipo de pessoa, o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa que consistiu em fazer a seguinte questão a jovens profissionais: “Como você lida com quem é mandão?”. O resultado apontou a necessidade de ponderar as ações e saber entender as necessidades e carências da pessoa que age desta maneira.
Pesquisa: como jovens profissionais lidam com quem é mandão?
Realizado entre 2 e 13 de julho de 2018, o estudo conduzido pelo Nube contou com a participação de mais de 32 mil participantes brasileiros com idade entre 15 e 26 anos. A resposta mais indicada pelos entrevistados foi “escuto, penso e argumento com cuidado”, atitude apontada como preferida por 75,75% dos jovens. Em segundo lugar, com 16,65% das respostas, aparece “se ela quer mandar, eu obedeço para evitar atritos”.
De acordo com Lucas Fernandes, analista de treinamento do Nube, a primeira atitude pode ser muito positiva, já que lidar com pessoas inflexíveis requer bastante tato e sensibilidade, uma vez que esses indivíduos geralmente são muito objetivos — característica que pode ser confundida com grosseria ou impaciência. Por outro lado, ele recomenda cuidado com a obediência para evitar conflitos. “Acatar algo sem refletir não é sinal de lealdade ou respeito. Na verdade, isso espelha insegurança e até mesmo desinteresse pelo projeto”, aponta o especialista.
Para 5,1% dos entrevistados, “só manda em mim quem tem mais poder, e eu aceito”. Para Fernandes, esta é uma atitude sensata e que leva em consideração a hierarquia, mas que não é tão exigida em empresas mais modernas e que incentivam um ambiente colaborativo. “Sempre ouço, mas faço as coisas do meu jeito” foi a alternativa apontada por 2,32% dos jovens, uma resposta considerada delicada pelo analista, já que demonstra arrogância, desinteresse e falta de respeito em relação à opinião dos outros.
Por fim, apenas 0,19% dos jovens profissionais responderam que “eu não aceito as ordens e parto para a discussão”. Esta alternativa, segundo Lucas Fernandes, denota desequilíbrio e pouca maturidade, especialmente se levarmos em conta que as brigas são prejudiciais para o convívio dentro de uma equipe de trabalho. E você, como lida com pessoas mandonas e inflexíveis no dia a dia profissional?