Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o Brasil deixou de ser um país jovem e deve ocupar, até 2025, a sexta posição entre as nações com maior população idosa no mundo. Estima-se, ainda, que até 2050, existam 73 idosos para cada 100 crianças.
Os dados, no entanto, não são considerados novidade, já que essa é uma tendência observada desde 1970, quando as taxas de natalidade diminuíram gradativamente. Outro fator que colabora e chama a atenção é o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, hoje de 78 anos – nas próximas décadas subirá para 81 anos.
Atualmente, os idosos representam um contingente de 15 milhões de pessoas em todo o Brasil e têm sido presença cada vez mais comum no mercado de trabalho – ao todo, 4,5 milhões continuam no mercado.
Com as mais variadas idades, muitos são aposentados que, para complementar a renda ou, simplesmente, se sentirem mais úteis, decidiram encarar novos desafios e até mesmo profissões, como modelo, atendente, secretária, entre outros.
E engana-se quem acha que a idade pesa muito na hora da contratação. Apesar da cultura empresarial brasileira, que tende a preferir as pessoas mais novas para ocupar alguns cargos, os idosos têm se destacado no mercado em geral.
Isso porque, além da força de vontade, eles têm uma vasta experiência profissional. E são justamente esses dois quesitos que tem chamado a atenção das empresas. Uma rede de supermercados, por exemplo, passou a investir em funcionários com mais de 60 anos. De acordo com a empresa, 20% do quadro de funcionários é composto por pessoas dessa faixa etária.
Alguns empreendedores, inclusive, acreditam que a introdução do idoso na cadeia produtiva melhora o atendimento e fortalece o relacionamento com o consumidor, já que eles gostam de conversar e tendem a ser muito mais simpáticos do que os demais funcionários.
A expectativa é de que o número de idosos no mercado aumente ainda mais, o que deve agregar valor às marcas e às equipes em geral.