Existem alguns processos de trabalho que são especialmente exigentes e momentos em que o estresse é inevitável. Passar por esses momentos, geralmente, nos desgasta física e emocionalmente, mas não a ponto de nos deixar completamente esgotados. Há, porém, situações em que o profissional é levado ao limite de suas forças físicas, mentais e emocionais, atingindo níveis de estresse tão grandes que o esgotamento resultante é completo. Este distúrbio psíquico recebe o nome de síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional.
A principal característica deste distúrbio é a presença de um estado crônico e intenso de tensão e estresse ligados ao trabalho, como se o profissional nunca “desligasse” de suas atividades. Quando as condições de trabalho envolvem um desgaste emocional e físico muito grande, acrescido de um envolvimento intenso e relações interpessoais conflituosas, alguns profissionais correm o risco de sofrerem sintomas psíquicos e fisiológicos que indicam o esgotamento.
Dentre os principais sintomas presentes em que passa pelo distúrbio de Burnout estão fadiga intensa e instabilidade emocional, que muitas vezes se reflete em atitudes negativas como faltas no trabalho, irritabilidade, isolamento, lapsos de memória, ansiedade e, em casos mais graves, até a depressão. O corpo também manda sinais claros de que algo está errado: começam a surgir quadros de enxaqueca, dores musculares, palpitações, sudorese e desarranjos gastrointestinais.
Além de diminuir consideravelmente ou até parar o ritmo de trabalho, os profissionais que sofrem da síndrome de Burnout precisam tomar consciência de suas dificuldades e excessos. O acompanhamento psicoterapêutico pode ajudar a pessoa a construir recursos para lidar de forma diferente com as situações de tensão e estresse. Todos os profissionais precisam ficar atentos, tomando medidas preventivas como fazer exercícios físicos regulares, alimentar-se corretamente, manter uma vida social fora do trabalho e outras atividades relaxantes e prazerosas.