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12 orientações para organizar as finanças se o salário estiver atrasado

© Depositphotos.com / Gajus-Images Em tempos de instabilidade financeira é importante saber controlar os gastos.

Servidores públicos e funcionários de empresas privadas de todo o País sofrem com o atraso do pagamento de seus salários. A situação – reflexo da crise econômica que atravessamos – gera muita dor de cabeça aos trabalhadores, por isso elaboro 12 orientações para organizar as finanças e evitar os efeitos de uma bola de neve financeira.

1. Faça um diagnóstico financeiro – a situação exige uma verdadeira faxina nas finanças com a intenção de eliminar ou ao menos diminuir os gastos desnecessários. Faça um diagnóstico de sua vida financeira por 30 dias, anotando tudo o que gasta por tipo de despesa, até mesmo cafezinhos e gorjetas. Identifique os excessos tendo em mente que você pode diminuir suas despesas em cerca de 30%.

2. Reduza gastos – analise todos os pacotes que contrata, como planos de celular, TV a cabo e planos de academia, na intenção de reduzir os custos e aliviar o orçamento. O mesmo vale para o consumo de água, energia elétrica e gás. É importante reduzir para evitar a possibilidade de não conseguir arcar com as contas altas.

3. Procure reaver valores – participar de programas de retorno de impostos em compras e cobrar dívidas de quem esteja lhe devendo são algumas possibilidades. É importante fazer o que estiver ao seu alcance para ter dinheiro “em caixa”.

4. Busque fontes de renda extras – estando nessa situação, toda renda extra é bem-vinda, portanto considere colocar em prática seus talentos e habilidades. Por mais que não seja em sua área de atuação, busque fontes alternativas e temporárias de ganhos.

5. Procure saber a previsão de pagamento – é importante que o RH de sua empresa dê uma previsão para o retorno dos pagamentos. Procure saber também se a empresa pensa em diminuir o quadro de funcionários ou até mesmo fechar as portas. Com essas informações, você poderá traçar um planejamento para os próximos meses, visando tanto as finanças quanto a carreira, pensando em mudar de empresa ou se recolocar rapidamente no mercado de trabalho em caso de demissão.

6. Converse com quem deve – busque os credores e seja o mais franco possível. Mostre que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento e veja a possibilidade de diminuir os juros e alongar os prazos de pagamento.

7. Preserve suas reservas – se construiu uma reserva financeira ao longo dos anos de trabalho, evite liquidá-la. Caso seja preciso resgatar parte do valor, dê preferência ao pagamento de dívidas essenciais (como de água, energia elétrica e gás) e as que têm bens de valor atrelado, como casa e carro.

8. Fuja dos exploradores – infelizmente, por mais que seu momento seja crítico, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. Não permita abusos; muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas.

9. Fuja das ferramentas de crédito fácil – cheque especial, cartões de crédito e de lojas e outras ferramentas devem ser evitados mesmo em caso de emergência, pois se não conseguir honrar as dívidas em um futuro próximo, precisará arcar com juros exorbitantes.

10. Questione-se antes de comprar – antes de levar algum produto, responda às seguintes perguntas: Eu realmente preciso disto? Se eu não comprar hoje, o que acontecerá? Estou comprando por necessidade real ou movido(a) por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima? Tenho dinheiro pagar à vista? Se sim, faltará para outras despesas? Se não, conseguirei pagar as parcelas nos próximos meses?

11. Trace um planejamento para quando receber – se estiver endividado, por mais que pareça correto querer quitar as dívidas, é preciso considerar a perspectiva para os próximos meses. Usar tudo o que receber pode ser um erro, pois estará sob o risco de ficar sem receitas para cobrir gastos à frente.

12. Crie uma reserva emergencial – quando o salário voltar a ser pago, procure guardar dinheiro para caso a situação volte a acontecer e, eventualmente, para investir também em cursos e mudar de empresa. Antes de tomar qualquer atitude, entretanto, é preciso estabelecer uma estratégia, evitando ações precipitadas.

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