No universo corporativo, o mundo do trabalho vive em constante revolução “silenciosa”. Há décadas oferece o dinheiro como estímulo, sendo quase único aos seus funcionários. Organizações inovadoras começam a perceber que esse modelo está ruindo, embora a remuneração ainda seja decisiva, claro, em um mundo transformado pela crise, salários e bônus que já não exercem o mesmo fascínio.
Como a felicidade é a nova ordem dos talentos humanos, a busca por um propósito maior, a chegada de uma nova geração ao mercado e a reinvenção dos escritórios convergem para um ideal há muito negligenciado: a felicidade no trabalho, na sociedade, na educação, nos relacionamentos, nos projetos.
Desde criança já somos induzidos a pensar: “o que vou ser quando crescer”? Esta pergunta é feita pelos adultos e gera na cabeça das crianças uma sensação de que precisa ser algo que dê satisfação financeira, mas estes mesmos adultos esquecem de colocar nesta mesma cabecinha que tem que ser algo que também dê satisfação pessoal.
E ai onde entra a parte da felicidade? Tudo o que se é obrigado a fazer, não é feito com o mesmo prazer daquilo é feito com motivação, portanto a satisfação interior só vem quando o bom desempenho das funções está diretamente ligado ao que o ser humano tem satisfação em fazer. Esta satisfação, pasmem, pode ser no trabalho também. Ela vem acompanhada de momentos de sucesso em projetos individuais e/ou coletivos e também do bom relacionamento com os colegas.
Não podemos esquecer que amor, carinho da família, um bom relacionamento em casa ou no trabalho, são coisas conquistadas e com muito empenho emocional, coisa que o dinheiro ou a vida financeira muito farta não facilita e ainda pode criar a falsa sensação de que atrai muitas amizades.”
Esta é a parte mais complicada da situação, pois nos preocupamos em nos desempenhar bem em nosso trabalho, no dia a dia e esquecemos do que nos dá mais prazer: a convivência com os colegas de trabalho, amigos pessoais e com a família. Esta convivência pode ser prejudicada pela rotina diária e os relacionamentos podem acabar se perdendo no tempo.
É claro que a compensação financeira também é importante, porém não é tudo. Temos notícias de profissionais bem sucedidos em suas carreiras, com boa situação financeira, mas que por diversas razões estão divorciados, longe de seus filhos ou que às vezes convivem com o remorso de não ter acompanhado seu crescimento e/ou desenvolvimento. Sem falar na parte de insatisfação pessoal. Ele tem dinheiro, mas não é feliz!
Existe aquele ditado que diz que “dinheiro não é tudo”, mas que ele “compra” ou “facilita” muita coisa, é fato! Contudo, não podemos esquecer que amor, carinho da família, um bom relacionamento em casa ou no trabalho, são afetos conquistados e com muito empenho emocional, coisa que o dinheiro ou a vida financeira muito farta não facilita e ainda pode criar a falsa sensação de que atrai muitas amizades.
Teríamos muito assunto para falar dentro desta vertente de carreira, mas resumindo, pense no que você quer ser quando crescer e lembre-se de incluir no seu rol, já que esta decisão o acompanhará pelo resto da vida (que passa muito rápido), a parte da satisfação em acordar todos os dias e ir para o seu trabalho, ficar lá o dia todo, convivendo com pessoas de diversos tipos e estilos de criação e que isso ainda tem que gerar motivação para que seus resultados sejam satisfatórios para você e para a empresa que o contratou.
Todas as pessoas têm a possibilidade de aprender sobre felicidade e exercitar essa prática, o que vai nos levar a um mundo formado por pessoas mais tolerantes, conscientes, generosas, resilientes, atentas ao meio ambiente, ao equilíbrio, à aprendizagem e à prática do amar. Aceitar e abraçar essa possibilidade, aprender a ser feliz e a amar são oportunidades de gerar o bem-estar e confiança de que as pessoas precisam para desenvolver melhor a habilidade de colaboração para fazer parte de um projeto comum e sustentável chamado Planeta Terra.