Encontrar um trabalho ou mudar de emprego é sempre um desafio, mas o que você está realmente disposto a fazer para que isso aconteça? Recentemente, ganhou destaque na internet o caso de uma jovem estudante de engenharia civil que encontrou um meio inusitado de se inserir no mercado de trabalho. Ela fez um post no facebook dizendo que estava em busca de estágio e, com a ajuda de um amigo publicitário, compilou suas habilidades em um gif. A sua criatividade, no entanto, ainda não resultou em um emprego, mas levantou um debate sobre como um profissional deve ou não se apresentar às empresas.
Para a consultora a gestora de carreira e coach da Outliers Careers, Madalena Feliciano, é preciso estar atento a alguns cuidados na hora de fugir do convencional. “Muito se peca pelo excesso, eles podem, em um determinado momento, até ajudar o candidato, mas na maioria das vezes, vai deixá-lo fora de um processo seletivo ”, disse.
Madalena ressalta que os candidatos devem pesquisar informações sobre os valores buscados pela empresa na hora de confeccionar seus currículos e portfólios. O excesso de informações, ou informações confusas e fora de ordem são indicadores de uma apresentação mal elaborada. As informações básicas como dados pessoais, objetivo de carreira, formação educacional e experiências anteriores devem estar expressas com clareza. “Um recrutador recebe centenas e às vezes milhares de currículos para uma determinada vaga, não dá tempo de analisar, por exemplo, um currículo com 20 páginas. A primeira coisa que chama a nossa atenção, então, é a objetividade das informações”, afirmou.
Além disso, o candidato precisa ter a percepção de qual formato de currículo enviar. Por exemplo, se a vaga se apresenta com maior formalidade, como para os cargos executivos ou áreas jurídicas, por exemplo, a especialista recomenda que o modelo tradicional seja a escolha mais adequada. Em se tratando de vagas que necessitem de um perfil inovador, como agências de designer, publicidade e propaganda, por exemplo, o candidato que optar por uma maneira mais criativa e dinâmica de se manifestar possivelmente vai ganhar maior destaque. “Na dúvida, se apresente com um currículo claro e bem diagramado, com as informações básicas de um currículo comercial e deixe a criatividade para o portfólio”, disse.
De acordo com a especialista, o que mais importa no currículo, no entanto, é o conteúdo. “Se o candidato for concorrer a uma vaga que exige um alto nível técnico, por exemplo, não adianta ser criativo e não ter experiências compatíveis com as exigências, uma coisa precisa completar a outra”, finalizou.