Uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), com colaboradores com idade entre 16 e 24 anos de todo o Brasil, mostrou que os jovens estão bastante seguros no que tange a percepção de conflitos no início da carreira. De acordo com o levantamento, 83,55% dos 9.954 participantes afirmaram que tentam resolver os problemas no trabalho por meio de conversa. O objetivo do levantamento era descobrir como os jovens demonstravam sua insatisfação no trabalho.
Para a coordenadora do curso de Tecnologia em Recursos Humanos da FMU, Roseli Martinez, esses dados são de grande valia, já que a impulsividade na hora de tomar uma decisão pode acarretar diversos problemas para o colaborador. “Quanto mais lógica é uma decisão, maiores são as chances de sucesso e resultados positivos como consequência. De forma inversa, uma atitude impensada no ambiente de trabalho poderá acarretar desdobramentos negativos por não medir resultados e consequências”, afirmou.
Ainda de acordo com a pesquisa, 7,7% (776) dos participantes revelaram que “fecham a cara” e 1,57% dos votantes, equivalente a 156 indivíduos, que não conseguem voltar normalmente para as suas atividades. Para Roseli, essas ações, no entanto, não demonstram maturidade e atrapalham a comunicação e o desenvolvimento do trabalho da empresa, uma vez que a comunicação é a base para resolver qualquer conflito e encontrar soluções.
Roseli explica que a impulsividade, muitas vezes, é característica de pessoas mais jovens. Desta forma as empresas precisam entender esta impulsividade e perceber que aliada com a maturidade, que vem de pessoas mais experientes, é possível ter resultados positivos para as organizações.
Os jovens, por sua vez, precisam ponderar na hora de demonstrar insatisfação. “É importante que os jovens sejam orientados a perceber que muitas vezes os resultados não acontecerão no tempo desejado. Desta forma, o ambiente de trabalho deverá ter uma meta de médio prazo, para que as decisões tomadas possam atingir os resultados esperados. Assim o jovem pode entender o processo e perceber as consequências de suas decisões”, finalizou a especialista.