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Ufa! Passei no teste.

Escrever aqui sobre a profissão e a carreira no marketing tem me obrigado a pesquisar sobre ela de maneira que pouco havia feito, deixando um pouco de lado os aspectos técnicos e buscando informações sobre a profissão em si, sua situação de mercado, atualização de exigências, dentre outras. Isso tem me permitido chegar a informações que já não mais faziam parte das minhas preocupações, já há muito focadas em manter minha assessoria sempre apta a atender as demandas de meus clientes. Por outro lado, as buscas de internet e conversas com colegas e fornecedores sobre a carreira tem me trazido muita informação interessante. É bom repensar, reavaliar e outros “res” por aí.

Mas o fato é que no meio dessas pesquisas me deparei com um site voltado à escolha de carreiras e lá toda uma descrição sobre os atributos e exigências que os futuros profissionais deveriam cumprir. No meio da navegada, um teste: marketing é sua carreira? Parei um instante e decidi: vou fazer!

Foto: © Depositphotos.com / iljdema

Voltando (muito) no tempo

Antes de começar, cheguei a pensar: “e se eu for “reprovado”?”. É claro que já está um pouco tarde para isso mas sempre há uma apreensão. Nas primeiras perguntas percebi as intenções e o que elas buscavam checar. Juro que fui sincero nas respostas (risos), mas o mais importante – e a razão dele ser o tema desse artigo – é que o teste buscava saber se o candidato a marqueteiro tinha conhecimento dos formatos da rotina de trabalho e o conhecimento geral da profissão.

E conforme as questões iam passando mais evidente ficava o antagonismo que o marketing exige dos profissionais. Vou explicar: conhecimentos gerais puxando para o lado “humano” e capacidade de planejamento, puxando para o “exato”. Essa situação bipolar é a rotina do marketing.

E como é que a junção desses polos opostos se processa? Vamos à uma definição clássica do marketing: a atividade humana para criar mecanismos cujo objetivo é facilitar o processo de troca.

Bem, logo de cara ela já mata a questão: é uma atividade humana, estudando suas necessidades e vontades, interpretando suas atitudes e comportamentos, propondo posicionamentos que atendam desejos e trabalhando com produtos que vão do planejamento de uma compra que você pode levar 20 anos para pagar e o impulso que as vezes faz você se perguntar: porque eu comprei isso?

Por outro lado, toda essa interpretação e propostas baseadas em atitudes e comportamentos devem resultar num bom planejamento que proponha um posicionamento que o coloque em vantagem sobre a concorrência numa serie quase infindável de prazos e valores de investimentos e expectativas de retorno.

E nessa luta do ponderável contra o imponderável, o marketing passa mais tempo trabalhando sobre variáveis incontroláveis que controláveis. Isso porque nosso controle para quando o produto chega na gôndola. E seguimos num eterno exercício da situação atual versus a situação futura. Costumo sempre dizer que na engenharia – por exemplo – sempre que encontrarmos dois lados de um rio, com formação geológica X e tráfego na ponte Y, poderemos construi-la de maneira Z e ela não cairá.

E como é a ponte do marketing?

Para começar ela já vem de interpretações de comportamento do consumidor (que oscila), depois buscamos na medida do possível, se destacar e sair do mar vermelho da concorrência (aquele cheio de sangue) e então motivar a equipe de vendas que ficará satisfeita com empresas e clientes seduzidos porque conseguimos vender a ideia.

Na maior parte do tempo mexemos nossos pauzinhos para navegar em leis, cultura, economia, comportamentos do consumidor, reações da concorrência e outros etc. incontroláveis.

Resumindo, é conviver com o imponderável com o maior controle possível da situação.

É interpretar informações com conhecimento, frieza, percepção, sensibilidade e projetar com rotina, disciplina e firmeza buscando a conclusão do melhor caminho a percorrer tudo isso num ambiente absolutamente dinâmico. Resumindo: PowerPoint e Excel juntos!

A propósito, passei no teste.

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