Gestores têm o desafio constante de lidar com seus colaboradores – e esta é uma realidade presente em empresas de todos os portes e ramos de atividade. Embora existam algumas premissas conhecidas, como a transparência na descrição de cargos e funções e equivalências salariais justas, há o risco de que as práticas positivas construídas ao longo de um período mudem com a saída de um gestor. Sem continuidade e coerência, fica mais difícil compreender quais ações auxiliam efetivamente na gestão dos colaboradores. Para organizar estas práticas, as organizações têm, como ferramenta, a definição e a implementação de políticas de gestão de pessoas.
Ter uma política de gestão de pessoas ajuda os gestores fornecendo referências gerais e verdadeiras diretrizes a serem seguidas em momentos de dúvida. Tanto os gestores quanto os funcionários que estão sob sua liderança passam a ter mais clareza sobre as expectativas da empresa, compreendendo também os seus direitos e os caminhos mais indicados para conquistar o sucesso dentro da organização.
É importante que os líderes responsáveis pela política também sejam capazes de diagnosticar problemas em seus setores e de que forma a política implantada pode ajudar a superá-los. Assim, poderão traçar objetivos e estratégias, já embutidas na política, para alcançá-los. A qualidade do clima organizacional atual pode ser um bom começo para compreender as mudanças necessárias.
Outro passo é conhecer as equipes da organização e de que maneira elas deverão ser envolvidas pela política de gestão. Em alguns casos, será necessário criar diretrizes específicas que se adequem a determinadas áreas da empresa. Essas diferenciações, porém, precisam ser estudadas com muito cuidado, como forma de não ferir a relação ética com os funcionários, nem criar uma estrutura de privilégios injustos.
A implementação de uma política de gestão de pessoas também incide diretamente, é claro, na estruturação de cargos, salários, bonificações, etc. Esta área exige coerência e bom senso e é importante tanto para que os funcionários percebam a seriedade da empresa onde atuam quanto para que novos talentos tenham a organização como uma referência positiva.
Condutas, práticas, estrutura salarial e de cargos, clareza das expectativas e objetivos da empresa formam o esqueleto da política de gestão de pessoas, que irá naturalmente se entrelaçar com a cultura da empresa, seus valores e sua missão. Por último, vale lembrar que, por sua complexidade, a implementação de uma política de gestão de pessoas pode demandar a contratação de profissionais ou consultoria especializada. Tudo para que a organização se estruture de maneira ainda mais produtiva.