Alunos em escola de Sergipe. Foto: Divulgação/
Secretaria de Educação de Sergipe
O relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado na última terça pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), informou que alunos do Brasil estão no 38º lugar em um ranking de 44 países, entre as nações com estudantes de alta capacidade de resolução de questões matemáticas e raciocínio lógico.
O estudo foi realizado com 85 mil estudantes de 15 anos de todo o mundo em 2012, e o Brasil conseguiu apenas se classificar nesta posição com 428 pontos, abaixo da média da OCDE, de 500. O Pisa abrange principalmente as áreas de Matemática, Literatura e Ciências e buscou avaliar as habilidades dos estudantes para resolver problemas de lógica, raciocínio e questões que envolvam cálculos.
Quase a metade dos alunos brasileiros (47,3%) tiveram baixo desempenho e somente 1,8% mostraram que são aptos para responder questões complexas de exatas. Entre os estrangeiros, esse índice chegou a 11%.
Destaques do ranking mundial
Os países que lideram a lista são asiáticos, como Cingapura (1º), com 562 pontos; Coréia (2º), com 561; Japão (3º), com 552 pontos. Já os que apresentam baixos índices no ranking mundial estão o Uruguai, com 403 pontos (42º); Bulgária (43º), com 402 pontos; e Colômbia (44º), com 399.
Comparação com nível de educação nacional
O Pisa detectou ainda desigualdades regionais. No desempenho do Brasil por região, os alunos do Sudeste fizeram 447 pontos; Centro-Oeste ficou com 441; Sul chegou a 435; Nordeste com apenas 393 e Norte com 383. Os meninos tiveram desempenho melhor do que as meninas, isto é, diferença de 22 pontos.
Aula de matemática em escola pública do RJ.
Foto: Divulgação
Em dezembro de 2013, o instituto de pesquisa elencou o Brasil entre os piores do mundo no quesito educação. Dentre as 65 nações, o País ficou em 55º em Leitura, 58º em Matemática, e em 59º em matéria de Ciências.
O Pisa é efetuado a cada três anos para alunos entre 15 e 16 anos em países da OCDE, considerados de primeiro mundo, e de convidados, como o caso do Brasil. A cada edição do exame, uma área é enfatizada, e matemática foi o foco em 2012.
