Baseado na solidariedade, confiança e na ação coletiva, o cooperativismo chegou ao Brasil no final do século 19 e tem como essência a união voluntária de pessoas para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade comum e democraticamente gerida.
Enquanto uma empresa visa lucro, tem número de sócios limitados e quem manda é quem tem maior controle acionário, na cooperativa, não há limite para sócios, e as decisões são tomadas em assembleias. Além disso, o trabalhador tem a possibilidade de participar efetivamente das decisões, podendo votar e ser votado nas assembleias.
No Brasil, a cooperativa é um instrumento muito comum em bairros, associação de moradores, comunidades rurais. Sendo que uma das vantagens que o cooperativismo traz no aspecto social é a quebra do egoísmo, do individualismo, pois envolve várias pessoas para fazer um trabalho a fim de adquirir o mesmo resultado para todos.
Alguns exemplos dessa prática estão em cooperativas de trabalho, onde trabalhadores se unem para ampliar seu acesso ao mercado como doceiras, costureiras e marceneiros; e cooperativas de consumo, em que microempresas ou trabalhadores, têm como objetivo articular a compra vantajosa de produtos, por exemplo, insumos para a própria produção.
Outra vertente são as cooperativas habitacionais, populares no Brasil por causa da falta de moradia ou de melhorias na infraestrutura. Nessa categoria, pessoas se unem para adquirir terreno e construir residências.
Há também as cooperativas de crédito, que possuem regras próprias e encargos normalmente bem menores que os praticados pelo mercado. Além dessas, o cooperativismo no Brasil se faz presente em áreas educacionais, agrícolas, de saúde, produção, de turismo e lazer, por exemplo.
No geral, a maior vantagem econômica dessa prática está em poder ajudar os pequenos empresários a driblarem alguns obstáculos para o desenvolvimento de seus negócios, como a alta carga tributária, a informalidade em vários setores e a carência em infraestrutura. Por isso, a cooperação entre as empresas tem se destacado como um meio capaz de torná-las mais competitivas.