É comum encontrar gestores reclamando que seus melhores colaboradores saíram do emprego e que a situação está mais complicada do que há tempos. Porém, o que poucos gestores enxergam é que as pessoas normalmente não abandonam o emprego por si só, mas sim pela má atuação de seus superiores.
E se você é daqueles que cismam em achar que o problema estão sempre nos outros e nunca em você, Travis Bradberry, coautor do best-seller Inteligência Emocional 2.0 e cofundador da consultoria TalentSmart, escreveu um artigo para o site Entrepreneur, citando nove ações dos gestores que podem sim afugentar talentos. Veja:
Sobrecarga de trabalho
Muitos gestores sobrecarregam seus melhores colaboradores sem perceber, porém este é o principal motivo que faz um bom funcionário procurar outro emprego. Segundo uma pesquisa realizada pela universidade de Stanford, a produtividade das pessoas cai quando trabalham mais de 50 horas semanais. Portanto, não é dando mais trabalho que você como gestor irá aumentar a produtividade da empresa.
Falta de reconhecimento
Normalmente alguns gestores pegam para si todo o crédito de um trabalho duro, ou seja, não dando o crédito necessário para os colaboradores que tanto trabalharam. Não estamos falando diretamente de aumento salarial ou bônus financeiro, mas também de apoio moral e reconhecimento pessoal com elogios e palavras reconfortantes.
Ausência de empatia
Pesquisas apontam que mais da metade das pessoas abandona o emprego porque sua relação com os gestores é péssima. O motivo? Os colaboradores não enxergam mais o gestor como alguém próximo, pois o mesmo não se importa como deveria com quem está em uma posição abaixo na empresa. É impossível trabalhar para alguém mais de oito horas por dia , quando eles não estão pessoalmente envolvidos e não se preocupam com nada além de seu rendimento de produção.
Gestores que não honram os compromissos
É fundamental que um gestor cumpra suas promessas, pois quando você assume um compromisso e consegue realizá-lo, você como gestor cresce na opinião dos colaboradores. Afinal, se o chefe não honrar seus compromissos, por que os outros vão?
Créditos para pessoas erradas
Quem trabalha duro e que realmente veste a camisa da empresa, merece atenção e valorização profissional. Mas, e se o chefe promover alguém que não se dedica tanto? Este tipo de atitude desanima qualquer pessoa e pode levar a uma total descrença por parte do funcionário, o que pode incentivar a troca de emprego.
Barreiras para as paixões da equipe
Todo funcionário dedicado e talentoso é um apaixonado por natureza, portanto é dever do gestor não colocar barreiras que possam frustrar este profissional. Porém, alguns gestores pensam que a produtividade vai diminuir se deixar as pessoas expandir seu foco e perseguir suas paixões… O efeito é justamente o contrário. Estudos mostram que as pessoas que são capazes de perseguir suas paixões podem ser até cinco vezes mais produtivas para a empresa que trabalham.
Falhas na hora de desenvolver habilidades da equipe
Quando um gestor percebe que tem um funcionário talentoso, é obrigação do mesmo desenvolver suas habilidades em prol de toda a equipe e, consequentemente, da empresa. Também valorize conquistas e a dedicação da pessoa. Os funcionários mais talentosos querem feedback.
Bloqueios criativos
Funcionários mais criativos precisam de movimento, de procurar coisas novas, de arriscar e propor alternativas que melhorem os produtos/serviços da empresa. A falha do gestor está em impedir estas ações, ou seja, de “enjaular” o funcionário e não incentivar algo que fuja do convencional.
Ausência de desafios
Todo gestor deve saber que um funcionário talentoso fazendo uma função chata ou pouco estimulante, é uma bomba relógio. Qualquer pessoa que possua habilidades destacadas e que sabe que pode render mais, precisa deste incentivo da empresa. Caso contrário, irá procurar em outro emprego.