Muito tem se falado em liderança, motivação e engajamento das pessoas, a fim de garantir que o sucesso e as metas sejam atingidas. Ações de desenvolvimento e capacitação profissional, melhorias no ambiente de trabalho e outras tantas iniciativas têm sido tomadas por empresas para assegurar uma equipe satisfeita e feliz.
No entanto, isso não basta, já que a motivação e a vontade de seguir em frente têm que vir de dentro, mesmo com os obstáculos. Pessoais ou profissionais, para que os sonhos se tornem realidade, devemos nos comprometer com a disciplina e a vontade para que possamos, de uma vez por todas, entrarmos em contato com nosso verdadeiro e ilimitado potencial.
Pelo menos é o que acredita Carlos Guilherme Nosé, CEO da Asap Recruiters, consultoria de busca e seleção de executivos com foco em média gerência. Para ele, as pessoas têm que motivar por si só. “Quero aquele tipo de profissional que bata no peito e diga: eu venci porque me superei, porque melhorei e evolui! Alguém que comemore as vitórias na frente do espelho, olhando para sua própria face e sentindo orgulho de si mesmo, alguém que não precise de 200 curtidas na sua foto de rede social para ficar “motivado” ou com melhor autoestima”, afirma.
O segredo é acreditar em si mesmo
Especialistas afirmam que a dificuldade em conseguir se manter engajado por si próprio está na falta de segurança. Em geral, somos mais fortes do que pensamos, mas preciosismo ou conservadorismo nos limita física e mentalmente, evitando que coloquemos novas ideias e ações em prática.
Nosé lembra que, de acordo com Carol Dweck, psicóloga por Standford e especialista em motivação e comportamento humano, o mercado precisa e quer pessoas que se esforcem e aliem a inteligência às ideias. Para ela, o mercado esta cansando de “minigênios” que querem revolucionar o mundo, mas que nem se dão ao trabalho de levantar da cadeira para dar uma volta no próprio bairro.
Para ilustrar suas afirmações, Nosé revela que uma vez recebeu um feedback de um ex-chefe dizendo que ele não tinha perfil para ser consultor de Executive Search. “Aquilo doeu, caiu como uma bomba, demorou para ser digerido, ainda mais por ser inicio de carreira. Mas minha decisão – e determinação – foi provar o contrário. Eu poderia, sim, vencer nessa carreira”, conta.
Para vencer e seguir seu sonho, se dedicou ainda mais aos estudos, procurou melhorar as falhas e passou por todos os obstáculos. Hoje se diz um homem verdadeiramente realizado, sem precisar de alguém batendo no seu ombro e levantando-o. “Não fiz isso pelos outros, nem mesmo pelo ex-chefe, fiz por mim”, afirma.
Seguir em frente nem sempre é fácil. É preciso trabalhar a autoestima e entender que você deve fazer as coisas para você mesmo. Afinal, ninguém vai conquistar os seus sonhos por você e nem superar as adversidades no seu lugar. É preciso se esforçar e vencer por vontade própria.