Faculdade renomada, lista de qualidades, experiência profissional ou no setor, entusiasmo ou indicação? Saber e entender quais são as características que mais chamam a atenção dos recrutadores é sempre difícil, afinal, isso pode variar de acordo com a cultura da empresa.
Uma pesquisa realizada pelo site de empregos Jobvite com mais de 1,4 mil recrutadores e profissionais da área de recursos humanos nos Estados Unidos revelou o grau de importância que essas pessoas dão a esses e outros temas. As notas estão baseadas em uma escala de 1 a 5, sendo 5 muito importante.
Por exemplo, 63% dos recrutadores atribuem às cartas de apresentação um grau de importância entre 1 ou 2, enquanto a identificação com a cultura da empresa se encontra na escala 5 para 88% dos profissionais. Neste caso, na divisão por setor, o de hospitalidade é o que mais dá valor para este aspecto.
A trajetória profissional de um candidato também é considerada muito importante para 87% dos recrutadores, que classificaram o item entre 4 e 5. No mesmo nível encontram-se as referências. Ao todo78% acreditam que as referências são fundamentais e efetivas para encontrar os melhores candidatos.
Formação profissional
No que diz respeito ao estudo, as notas na faculdade não significam muito e não provam se a pessoa é ou não uma boa profissional. O ranking considerou o uso do G.P.A (do inglês grade point average), que refere-se à média das notas dos estudantes na universidade e é usada como instrumento de classificação e ranqueamento. Para 57% dos recrutadores, esta média é pouco importante, entre 1 e 2, na escala.
Ainda nessa linha, os cursos de pós-graduação são mais valorizados nos setores de educação e de saúde, onde mais de 50% atribuem muita importância aos títulos dos candidatos. Já nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, o que chama a atenção é a habilidade e o conhecimento, classificados entre 4 e 5.
Em um mundo no qual as redes sociais e a tecnologia predominam, não é difícil saber que os recrutadores levam em conta e analisam os perfis nas redes sociais dos candidatos. No total, apenas 4% dos recrutadores entrevistados não utilizam as redes sociais como ferramentas no processo de seleção, enquanto que 54% consideram as redes sociais as ferramentas mais efetivas na hora de encontrar bons profissionais.
Dentre as redes utilizadas estão o LinkedIn, Facebook e Twitter, utilizados por 87%, 55% e 47% dos entrevistados. Para candidatos da área de comunicação e marketing a presença social é ainda mais necessária, já que 33% dos recrutadores consideram negativa a ausência de perfis nas redes.
Eles avaliam o comportamento virtual das pessoas e as publicações em geral. Os textos com erros gramaticais prejudicam os candidatos, segundo 72% dos recrutadores. Já as fotos que mostram consumo de álcool são negativas para 54%, bem como o uso de maconha – 75% consideram negativo. E em tempos de selfie, até elas entram na avaliação. Enquanto 25% dos entrevistados consideram uma exposição negativa para o candidato, 75% enxergam de maneira neutra.
Mas, afinal, quais as atitudes causam boa impressão na hora da entrevista?
A pesquisa traz muitos dados que são considerados antes de qualquer contato com o candidato, quando o currículo ainda está em análise, como escolaridade e experiência. No entanto, as atitudes durante a entrevista também são levadas em consideração pelos recrutadores. Às vezes, até mais do que as outras informações.
Para 87% o entusiasmo conta muitos pontos a favor e deixa uma impressão positiva após uma entrevista de emprego. As habilidades de comunicação também impressionam positivamente, segundo 79%, assim como a pontualidade e aparência para 66% e 63%, respectivamente. Para finalizar, 38% dos recrutadores enfatizam a importância dos cumprimentos, aperto de mão e olho no olho.