Istockphoto / Dmitrii Kotin Esses profissionais apresentam alta performance no trabalho e são ambiciosos.
O que é melhor para a saúde da sua empresa: um funcionário com alto desempenho por dois anos ou um profissional com baixo desempenho por dez anos? Antes de responder a essa pergunta, saiba que alguns especialistas desconfiam de profissionais que mudam constantemente de emprego, mas outros, como a diretora de Recurso Humanos da Emprego Ligado, Marina Soubhia, alertam para uma realidade bastante presente na geração Y.
Trata-se dos job jumpers, um termo em inglês criado para designar aqueles profissionais que têm uma passagem rápida pelas empresas, ou, em tradução livre, os “puladores de emprego”. “Existe um conceito ultrapassado entre alguns recrutadores de que os job jumpers são pessoas impacientes ou desleais, mas a realidade pode ser completamente diferente e, frequentemente, um job jumper pode apresentar características necessárias para as empresas”, disse a especialista.
Para a Marina, a vivência constante em diversas organizações garante aos profissionais com esse perfil uma visão macro do ambiente corporativo, o que auxilia no processo de tomada de decisões. Além disso, os job jumpers agregam valor à empresa e são ótimos professores para que os demais colaboradores possam se desenvolver ao longo do período de convivência com ele. “Um job jumper fica numa empresa, em média, entre dois e três anos. No entanto, os ganhos de performance durante o curto período no qual ele desempenha suas funções são excelentes para a organização”, ressaltou.
Puladores de emprego possuem muitas qualidades
A maneira como esses profissionais se adaptam facilmente são claramente notadas e contam pontos positivos para contratação. Mariana afirma que muito desse sucesso vem da facilidade de se comunicar e construir redes de relacionamento com mais rapidez e muita eficácia. Normalmente, esses profissionais apresentam alta performance no trabalho, têm conhecimento de competidores, são ambiciosos, determinados e estão sempre em busca de novas oportunidades. “A empresa não deve pensar que o funcionário deva ser eterno”, disse.
Marina acredita que com a rapidez da geração Y, a competitividade e grande demanda de ofertas de trabalho, já é comum encontrar profissionais que tenham passado curtos períodos dentro das empresas e, em um futuro bem próximo, o mercado estará repleto de job jumpers. Então, é importante que as organizações saibam usufruir do trabalho desses profissionais durante o tempo em que eles fizerem parte da equipe.
