As mudanças tecnológicas vêm contribuindo para modificar o mundo corporativo de maneira acelerada. Com equipes cada vez mais enxutas, mas com um volume de trabalho em constante ascensão e prazos apertados, profissionais estão se desdobrando para se manterem ativos e indispensáveis em suas empresas.
No meio de tanto estresse para realizar trabalhos de qualidades em menos tempo, as empresas também se sentiram obrigadas a mudar estratégias, buscando maneiras inovadoras de espantar a estafa dos seus colaboradores e de potencializar o engajamento dos mesmos.
Nesse processo entra um conceito chamado job crafting. Ele não é novo – surgiu em 2001 – mas vem ganhando cada vez mais força por conta do escopo do mercado de trabalho atual. Desenvolvido por Amy Wrzesniewski e Jane Dutton, duas pesquisadoras norte-americanas, o job crafting dá ao colaborador maior autonomia para organizar suas atividades e encontrar formas diferentes de desenvolvê-las, oferecendo resultados melhores e mais rápidos.
Como as empresas encaram o job crafting
Grande parte das empresas possuem processos para a realização das mais diferentes atividades. Ao mesmo tempo, é justamente esse item que gera descontentamentos e discussões, por serem burocráticos, falhos e por muitos outros motivos. Nesse contexto, para o job crafting dar certo, muitas vezes é preciso quebrar algumas regras de processo, uma vez que o funcionário passará a ter autonomia para organizar seu jeito de executar as tarefas.
Outro ponto importante é que a equipe como um todo precisa estar disposta a mudar seus processos e se adaptar às mudanças constante, pois, na maioria dos casos, cada projeto precisa de ajustes diferentes. A empresa, por sua vez, precisa entender essa gama de novidades e encontrar meios de torná-la acessível para todos. Afinal de contas, de nada adianta um funcionário mudar sua rotina se os outros colegas de trabalho não acompanharem as mudanças.
Benefícios e desafios do job crafting
Em tempos nos quais o engajamento e a felicidade são temas recorrentes, o job crafting vem ser mais um ingrediente para aumentar a satisfação e o engajamento do profissional com a empresa. A partir do momento em que o colaborador ajusta a execução de suas tarefas ao seu mecanismo de trabalho, ele se sente mais livre para criar e mais à vontade para tornar a sua rotina mais prazerosa e menos estressante.
Esse sentimento de liberdade, diferente do que se pode pensar, estreita os laços entre empresa e funcionários, pois os gestores provam dessa forma que confiam em suas equipes ao darem a elas espaço para a inovação. Todo profissional traz consigo uma lista de ideias e habilidades – natas ou lapidadas ao longo do tempo – e passa a se sentir mais importante quando é convidado a aplicá-la dentro da empresa.
Abrir mão da rotina e do controle total dos processos pode ser um empecilho para as organizações mais tradicionais, mas os resultados tendem a ser positivos. O mais importante é que gestores e líderes tenham conhecimento das mudanças de rotina e saiba interferir no processo sempre que necessário, de forma que todos ganhem com as intervenções dos colaboradores nos processos.