O que uma empresa precisa oferecer para entrar na rota dos sonhos de jovens profissionais, médios executivos e altos líderes? Como essas pessoas enxergam o mercado atual? O que procuram para serem felizes no ambiente onde passam várias horas do dia? Esse cenário foi esmiuçado na pesquisa Carreira dos Sonhos 2017, realizada pelo Grupo DMRH e Cia de Talentos.
De acordo com os resultados da edição de 2017, o Google manteve seu posto no topo do ranking. Já são quatro anos nessa mesma posição. A Nestlé é a única empresa que esteve no ranking durante as 16 edições da pesquisa. Quem entrou no ranking em 2016 e este ano se manteve foi a ONU. O órgão está presente nos sonhos dos jovens, da média gerência e dos altos executivos.
“A ONU começou a ter mais expressão em 2012, embora ainda não estivesse entre as 10 mais citadas pelos jovens. No entanto, desde aquele ano as pessoas começaram a falar mais sobre deixar uma marca positiva no mundo. Temos visto crescer a preocupação das pessoas com uma atuação responsável”, comentou Danilca Galdini, diretora da Nextview People, em release oficial. A empresa foi parceira do Grupo DMRH na realização da pesquisa.
A Disney também marcou presença na lista, e o interessante é que a empresa povoa os sonhos alta liderança. “Uma das principais preocupações dos líderes empresariais é a experiência do cliente e todos sabem que isso é vital para o sucesso do negócio. A Disney é referência quando o tema é experiência positiva, pois têm uma cultura empresarial bem definida e guia as ações de todas as pessoas que trabalham lá”, diz Danilca.
Para a edição de 2017 participaram 82.173 pessoas de todo o Brasil, entre janeiro e março deste ano, por meio de questionários online. Os entrevistados foram divididos em três grupos: 65.833 Jovens (estudantes e recém-formados), 11.804 profissionais de Média gestão (coordenação à gerência plena) e 4.536 pessoas de Alta liderança (gerentes seniores a presidentes).
Confira o Top 10 das Empresas dos Sonhos:
Insatisfação com as atuais relações de trabalho
A pesquisa constatou que 73% dos jovens, 83% da média gestão e 77% da alta liderança fariam algo diferente se o dinheiro não fosse uma preocupação. Isso porque esses profissionais desejam que trabalho e felicidade caminhem juntos. E ser feliz com o que faz é um fator motivacional para 60% dos jovens, 54% da média gestão e 61% da alta liderança.
Descontentes com o atual sistema do mercado de trabalho, 22% dos jovens, 31% da média gestão e 34% da alta liderança apontam a incoerência entre o que se fala e o que se pratica como um sério incômodo no mercado de trabalho. E mostrando sede por mudança, 66% dos jovens, 68% da média gestão e 77% da alta liderança disseram que estão dispostos a encarar novos modelos de trabalho que permitissem maior flexibilidade e autonomia.
De uma maneira geral, os profissionais entrevistados anseiam por ambientes de trabalho saudáveis, que gerem aprendizado, que permitam integração de vida profissional e pessoal e que ofereçam espaço para a apresentação de suas habilidades e para a criação de relações significativas com outras pessoas.
“O mundo do trabalho precisa de profissionais engajados, comprometidos, que tenham um desempenho diferenciado. Estas características não podem ser compradas, precisam ser cultivadas e só florescem em ambientes marcados pela cultura transparente e capazes de integrar às necessidades dos negócios com as necessidades das pessoas”, enfatiza Maíra Habimorad, CEO da Cia de Talentos, empresa do Grupo DMRH.