A ideia de economia compartilhada alinha-se ao conceito de sustentabilidade, pois permite que as pessoas dividam objetos, carros, apartamentos ou serviços sem precisar comprá-los. E se, há menos consumo, há mais qualidade para o planeta e para as organizações. A prática que, durante o processo civilizatório da humanidade, já recebeu outras denominações, como escambo, por exemplo, mostra uma maior preocupação com o meio ambiente e com todos que dele dependem.
Esse modelo culmina na economia criativa que, segundo o Sebrae, é um termo criado para nomear ações de negócios ou gestão que redundam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de pessoas que buscam a geração de trabalho e renda. Como bom exemplo, temos a empresa multinacional americana Uber, que utiliza, exclusivamente um aplicativo de celular a fim de estabelecer a comunicação entre o passageiro e o motorista, proporcionando oportunidades de renda.
Todo esse novo cenário demanda uma cultura mais espiritualizada, pontuando o modo de ser de cada um, no qual a comunicação é pautada pelo que se acredita, se cultiva em termos de ética e valores. Além disso, é, ainda, uma cultura voltada para o espectro da concepção de comunidade, com foco em problemas comuns como educação, saúde, segurança, colaboração e compartilhamento, características fundamentais nesse novo modelo econômico.
Nessa estrutura da dimensão espiritual, com foco na autenticidade das ações, a comunicação aparecerá como uma ponte entre mentes e corações, entre todos os públicos, principalmente, entre aqueles que se destacarão no universo da economia compartilhada.
Como agente transformador do ambiente em que vive, o indivíduo consegue mudar o espaço em que habita e quando age positivamente pode deixá-lo mais rico, mais confortável e sustentável. Dessa forma, a comunicação para ser inserida no contexto da economia compartilhada precisa, primeiramente, ser alicerçada em crenças, valores e experiências com foco nessa sustentabilidade.
Chegamos então, à mudança de mindset: do foco econômico de “gerando soluções” para o foco de “problemas específicos”, com consciência nos negócios, compreendendo uma nova forma de olhar o mundo, as pessoas e, consequentemente, um jeito diferente de se comunicar baseado em valores diferenciados da nova economia. Diante disso, é preciso construir uma comunicação baseada na confiança. Bases como autenticidade e sinceridade nortearão às novas relações com os colaboradores e os clientes. O lucro continuará sendo importante, porém abraçar “causas sustentáveis” e ajudar o consumidor, agregando propósito às marcas e serviços, será fundamental para ser escolhido neste mundo de competitividade cada vez mais veloz e avassalador.