© Depositphotos.com / pablocalvog Jovens anseiam por empresas, cuja cultura esteja alinhada com seus valores pessoais e profissionais.
Todos os anos as universidades apresentam para o mercado uma gama de jovens ávidos por colocar em prática os conhecimentos iniciais da sala de aula e adquirir outros ao longo da carreira. E as empresas que estão dispostas a abraçar esses novos profissionais, precisam conhecer bem as expectativas deles, pois uma relação profissional positiva passa pela combinação entre anseios do candidato e o perfil da empresa.
Para entender o que os jovens esperam das empresas, a Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, entrevistou 26.193 jovens entre 15 e 26 anos de diferentes partes do Brasil. Esta nova geração está cheia de sonhos e não vê a hora de encontrar organizações que sejam capazes de oferecer boas oportunidades e estimular seus caminhos profissionais.
Uma organização inovadora e com espaço para novas ideias foi a mais apontada pelos jovens. Recebeu 53,39% dos votos, um total de 15.555 jovens. O resultado vai ao encontro do pensamento de Lucas Fernandes, analista de treinamento do Nube. Para ele, o futuro é composto por organizações com outra visão, sem rótulos e estereótipos, com gestões horizontais, participativas e focando no potencial de cada um.
“Há uma procura por algo muito além da boa condição financeira ou estabilidade profissional. A juventude vai atrás de algo capaz de fazer sentido, um lugar onde se sinta parte e tenha o alinhamento entre a cultura corporativa e os seus valores pessoais”, explica.
Em segundo lugar, com 24,21% da preferência (6.341 votos) estão as empresas jovens e em crescimento. Neste meio enquadram-se as startups. “Esse tipo de negócio tem uma ascensão acelerada e um alto grau de desenvolvimento dos envolvidos. Logo, quem intenciona alavancar a sua carreira e pretende alcançar resultados rápidos, sonha em fazer parte desse quadro de colaboradores”, comenta Lucas.
Os locais tradicionais e com regras bem definidas são opções de 12,04% dos jovens (3.153 votos). Essas empresas com chances de evolução, porém com pouca autonomia e participação, são ideais para profissionais conservadores, mas que não abrem mão de investir continuamente em cursos para estarem antenados a respeito das últimas tendências.
No fim da lista estão as empresas eficientes, mas com pouca competitividade, com 4,37% dos votos (1.144 jovens). O analista de treinamento do Nube comenta que quem ingressa nesse tipo de empresa tem um raciocínio mais coletivo, enfatizado nos valores sociais. “Neste caso, a rivalidade se torna irrelevante diante de aspectos como possibilidade de desenvolvimento e participação.”
E finaliza: “De uma maneira geral, os jovens esperam um ambiente acolhedor, onde possam colocar suas ideias, criticar, receber feedbacks, ter uma boa relação com seus gestores e com todo o grupo, ter desafios e ver o seu potencial não ser subestimado por estarem no primeiro emprego ou por serem pouco experientes.”
