Um artigo publicado no Linkedin em 2015 revelou que trabalhar infeliz e com um chefe ruim é tão maléfico para a saúde quanto ser um fumante passivo. Mas será que, apesar de todo o estresse, é possível olhar um superior desse perfil com outros olhos e tirar lições positivas?
Essa resposta pode parecer impossível em um primeiro momento, mas se você respirar fundo e analisar com calma, verá que essa situação pode lhe ajudar a se conhecer melhor e a se tornar um bom líder no futuro.
A Teleos Consulting, empresa que desenvolve estratégias para formar líderes de sucesso, abordou este assunto em um de seus artigos e deu dicas de como tirar proveito de um chefe ruim. Confira:
Aprenda como não se comportar
Quais comportamentos e atitudes de seu chefe você não gostaris de adotar e como você faria para liderar a si mesmo? O que você pode aprender a respeito de seus próprios valores de liderança?
Identifique quais são as qualidades do seu chefe para recompensar e desenvolver em seus próprios subordinados
As pessoas de decisão na sua organização permitiram que o seu chefe chegasse onde está. Ele foi recompensado por suas boas qualidades e seus maus comportamentos foram ignorados. Não continue este padrão. Ajude as pessoas que você está treinando a reconhecer que o comportamento é tão importante quanto o resultado e dê feedback/treinamento quando você perceber algum comportamento preocupante.
Obtenha uma visão mais clara sobre o que irrita você
O que há no comportamento do seu chefe que lhe deixa maluco? Como isso pode lhe dar uma visão mais clara sobre suas próprias áreas de crescimento? Normalmente, nos sentimos irritados quando nossas necessidades estão ameaçadas. Talvez o seu chefe tenha um estilo oposto ao seu, com pontos fortes e fracos opostos, e você não valoriza as qualidades que são seus pontos fortes. Você está suficientemente tolerante com estilos complementares ao seu. Ou talvez você reconheça algumas qualidades no seu chefe que não gosta em si mesmo.
Aprenda como manter seus limites
Para situações interpessoais estressantes, no qual o comportamento de outra pessoa é agressivo e fere você, os médicos sugerem o “escudo de invulnerabilidade”. É assim: imagine um escudo de plástico que desce ao seu redor lhe protegendo quando o mau comportamento começa. Ele faz você lembrar que a atitude do chefe é sobre si mesmo, e não sobre você.
Aprenda o que você precisa para ser seu próprio autodefensor
Esta experiência pode ser um presente se ela ensina que você precisa confiar em si mesmo para gerenciar sua carreira e defender seus interesses. Isso pode envolver a capacidade de aprender a manter sua posição sobre situações que você tem uma forte opinião ou trazer à tona suas preocupações com o seu chefe de uma maneira não-suicida.
Aprenda a ver as coisas do ponto de vista do outro
É possível que seu comportamento esteja contribuindo para a tal reação do chefe? Normalmente, os maus comportamentos dos executivos são movidos por algum resultado desejado. Tente entender seus interesses e o que ele está tentando realizar, mesmo que ele esteja fazendo más escolhas sobre como atingir esses objetivos. Você pode dar-lhe mais ajuda ou apoio, se comunicar com ele de forma diferente, ou fazer mais perguntas para garantir que entendeu suas expectativas.
Aprenda que a autoridade não confere magia especial sobre uma pessoa
Podemos olhar para a situação através de lentes diferentes. Existe realmente uma epidemia de maus patrões? Embora alguns chefes sejam verdadeiramente provocadores, geralmente são simplesmente seres humanos falhos e imperfeitos, como nós mesmos somos. O verdadeiro problema poderia ser o fato de que esperamos que os nossos patrões sejam perfeitos, para atender a todas as nossas necessidades com relação a eles.
Aprenda a não ser impotente
Às vezes, parte de nós simplesmente gosta de ter algo para reclamar. Mas isso nos impede de dar um passo para trás para descobrir o que não nos é aceitável e tomar medidas para lidar com isso. A ação pode envolver a negociação de um novo caminho para o trabalho com seu chefe, ou ajudá-lo a ver o impacto do seu comportamento.
A diferença está em como você encara a situação. Mesmo que você decida sair do emprego, vai ter a consciência de que fez todo o possível para salvar a situação e ainda aprendeu algumas habilidades que poderão ser relevantes em outros ambientes de trabalho.