O ano de 2015 não está sendo um dos melhores para a economia brasileira. É perceptível que o país está sofrendo com a inflação, alta do dólar, desemprego, entre vários outros fatores que impedem um crescimento mais acelerado e de acordo com outros países subdesenvolvidos, que também são afetados pela crise global. Mas como mudar este cenário e voltar a crescer em 2016 e nos anos seguintes? Para o instituto McKinsey Global Institute (MGI), a solução pode estar na força de trabalho feminina.
Em todo o Brasil, as mulheres representam apenas 35% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo com uma participação de 44% de toda a força de trabalho. Além disso, em terras brasileiras as mulheres trabalham menos horas do que os homens, pois são alocadas em setores menos produtivos e também em cargos mais baixos. O resultado? Um impacto sério na economia do país que não sabe aproveitar uma mão de obra cada vez mais qualificada.
Segundo os dados da pesquisa realizada pela MGI, se o Brasil conseguir conquistar um bom potencial de mulheres no mercado de trabalho e em posições igualitárias de gêneros, considerando que a população brasileira é composta de 51% de mulheres, até 2025 o PIB brasileiro pode crescer até 30%.
Cenário mundial
Como vimos, o cenário aqui no Brasil ainda está longe do ideal… E ao redor do mundo? Na Índia, por exemplo, as mulheres representam apenas 1/4 da força de trabalho, o que corresponde a apenas 17% do PIB de um dos países mais populosos do mundo. Na China a situação é um pouco melhor, sendo que 41% do PIB é “feminino”, porém se considerarmos todo o continente asiático, esta ainda é a região mais atrasada do mundo neste quesito.
América do Norte e Oceania, por outro lado, apresentam um índice de 0,74 (ideal é 1) em paridade entre sexos no mercado de trabalho. Porém, mesmo em países ricos como EUA e Japão, as mulheres ainda trabalham menos horas e ganham menos.
Por fim, o levantamento feito pela McKinsey Global Institute concluiu que se as mulheres recebessem o mesmo que os homens e tivessem as mesmas cargas horárias, o mundo seria 26% mais rico do que é hoje. O ganho seria de US$ 28,4 trilhões por ano.