O ano de 2015 foi bastante instável para trabalhadores das mais diferentes áreas. Os problemas econômicos comprometeram a renda e o emprego de muitos brasileiros. E como o futuro ainda é incerto, os planos profissionais de quem ocupa cargos executivos ainda não saíram do papel. Pelo menos é o que concluiu uma pesquisa realizada pela Thomas Case & Associados.
De acordo com os resultados, 76% dos executivos brasileiros acreditam que não será possível pedir um aumento de salário em 2016. Trocar de emprego também não está nos planos de 73% dos entrevistados. Sem mudança de emprego ou aumento salarial, a possibilidade de promoção é outro desejo que ficará guardado, conforme pensam 72% dos profissionais.
Mudanças de emprego em 2015
Dos participantes que, apesar da crise, passaram por mudanças em 2015, apenas 8% afirmaram que conseguiram trocar de emprego, sendo que destes, 17% aceitaram cargo e salário mais baixos que o emprego anterior, mas com expectativas de crescimento.
Dos 17% que aceitaram cargo similar ao anterior, o salário ficou mais baixo. Outros 17% mudaram para empresas que ofereciam maiores perspectivas de crescimento, mas ficaram com cargos e salários similares ao emprego anterior. Cargos superiores e salários similares foram alcançados por 7% dos executivos. E 42% conquistaram cargos e salários superiores aos cargos anteriores.
Crise atingiu também quem se manteve na mesma empresa
Dos executivos que afirmaram não ter trocado de emprego em 2015, 70% mantiveram o mesmo cargo e salário; 7% passaram a ocupar um novo cargo, mas com o mesmo salário; 11% conquistaram novo cargo e aumento salarial e 12% permaneceram no mesmo cargo, mas houve uma renegociação de valores.
Apesar dos momentos de incerteza, 27% dos entrevistados pensam em trocar de emprego ao longo dos próximos 10 meses.
Perfil do público entrevistado
A pesquisa Thomas Case & Associados foi realizada no início do mês de fevereiro. Os entrevistados foram das mais diferentes áreas: gerentes (34%); coordenadores (25%), analistas (24%), diretores (14%) e presidentes de empresas (3%).
Os entrevistados eram das áreas de Recursos Humanos (36%), Administrativa (11%), Financeira (10%); Tecnologia da Informação (8%); Vendas (6%); Engenharia (5%), Logística (3%), Marketing, Jurídica e Suprimentos (2%), Compras (1%) e outras áreas (14%).