Já ouviu falar em economia criativa? O termo, fruto das constantes evoluções e dinamismo do século XXI, é aplicado em segmentos onde a criatividade e conhecimento são os valores principais, como no mercado da moda. Muitos negócios de pequeno porte e, consequentemente, capacidade reduzida de investimento, são baseados na força da criação de suas equipes e também como a marca se posiciona junto ao consumidor.
Outras empresas de arquitetura, design, artes, cinema, música, softwares e publicidade também vêm crescendo desta maneira.
A economia criativa não visa apenas o lucro, mas também um impacto positivo na vida do cliente, o que já começa a dar resultado em um cenário mais amplo. No Brasil, a economia criativa já é uma realidade que cresce a cada ano. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a Firjan, este modelo inovador representa 2,6% do PIB brasileiro. Existe inclusive uma secretaria no Ministério da Cultura para oferecer benefícios a quem está começando dentro deste novo conceito de mercado.
Pensar e respirar moda 24 horas por dia
Uma das principais características desta nova economia é a criatividade e isto não pode ser medido industrialmente dentro de antigos métodos de trabalho. Quem vive ou tem o sonho de viver de moda sabe que ela está em todos os cantos, principalmente em um país tão diversificado como o Brasil. Novas ideias de materiais, cortes, aplicações, detalhes, composição etc, surgem todos os dias e é preciso valorizar uma flexibilidade maior na hora de criar.
Mas o que isso tem a ver com economia criativa? O conhecimento não fica preso em um escritório das nove da manhã às seis da tarde, mas sim fica na imaginação e ousadia que cada profissional coloca em peças e conceitos. Esta liberdade é um dos principais motivos do surgimento de novos ateliês e marcas por todo o território brasileiro.
Como aplicar a economia criativa
Para tirar do papel e colocar em prática o sonho de trabalhar com moda dentro dos conceitos de economia criativa, algumas dicas são fundamentais. Confira:
• Pense na moda como algo que realmente faça diferença na vida das pessoas, ou seja, deixe o lucro em segundo plano e concentre sua criatividade em apresentar soluções que tenham impacto positivo no dia a dia de mulheres e homens;
• Planeje os passos do seu negócio em cada detalhe. Do aluguel de um espaço para trabalho, fornecedores, colaboradores, entre outros pontos fundamentais para fazer a empresa vingar no mercado;
• Ouça amigos e familiares sobre o trabalho que realiza. Não tenha vergonha ou medo de apresentar os modelos que cria ou de compartilhar suas ideias durante bate-papos. Ter a opinião de terceiros é essencial para o crescimento profissional e para evitar tiros no escuro;
• Como a economia criativa na moda prevê um impacto positivo na vida de quem a consome, faça uma pesquisa sobre o que as pessoas realmente precisam neste aspecto;
• Estude como é a administração de uma empresa e esteja preparado para desafios como entradas e saídas de dinheiro, estoque de materiais, atendimento a clientes e fornecedores, fluxo de caixa, prazos e vários outros pontos cruciais do dia a dia de um negócio. Em caso de dúvidas, não se desespere… converse com alguém com experiência e bola pra frente.