Elas estão ocupando cada vez mais espaço também quando o assunto é abrir o próprio negócio. Segundo dados do Sebrae, aproximadamente 35% das cerca de seis milhões de micro e pequenas empresas brasileiras já são lideradas por mulheres.
Isso pode ser visto como uma espécie de segunda transformação feminina em relação ao mercado de trabalho. A primeira aconteceu quando as mulheres deixaram de lado o papel de donas de casa e serviçais de seus maridos para construírem suas próprias carreiras, em busca de reconhecimento, autonomia financeira e respeito social.
Agora que estes objetivos já foram relativamente alcançados, muitas profissionais repensam suas prioridades e passam a valorizar a possibilidade de passar mais tempo ao lado dos filhos. Nesta hora, o empreendedorismo surge como uma alternativa de acompanhar o crescimento dos pequenos sem deixar completamente de lado a realização profissional.
Alguns números demonstram que esta é uma tendência que veio para ficar. Negócios liderados por mulheres possuem uma taxa de sobrevivência maior e já há linhas de financiamento específicas para promover o empreendedorismo feminino.
Recentemente, a agência IFC (International Finance Corporation), braço do Banco Mundial para projetos privados, anunciou que destinará R$ 1 bilhão (US$ 470 milhões) à expansão do acesso ao financiamento para pequenos e médios negócios tocados por mulheres no Brasil. Os recursos serão repassados pelo banco Itaú.
A taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas lideradas por mulheres também é maior. Talvez porque as pesquisas mostram que elas, no mundo todo, são mais disciplinadas na hora de empreender.