Quem está há anos na mesma empresa, ou quem acabou de ingressar na instituição, sempre se pergunta como será seu futuro profissional ali, quais as garantias que a empresa oferece ou se vai subir de cargo com o passar dos anos. São muitas questões presentes no dia a dia.
Todavia, este planejamento que o colaborador tem em mente pode ser trabalhado em conjunto com a empresa, é o que chamamos de “plano de carreira”, no qual o funcionário e a direção elaboram em conjunto as metas que poderão ser alcançadas, por qual caminho seguir e até onde o funcionário pode chegar dentro da instituição.
Mesmo sendo algo fundamental para motivação do funcionário, o plano de carreira está distante de ser uma realidade brasileira. Segundo a mais recente edição da Pesquisa dos Profissionais Brasileiros, organizada pela Catho em 2015, por volta de 70% das empresas nacionais não trabalham com qualquer tipo de plano de carreira junto aos colaboradores. No ano passado, este número era menor (66,7%), o que mostra que mesmo com o avanço do plano de carreira no mercado mundial, por aqui esta modalidade ainda não vingou.
“Ainda percebemos que falta clareza das organizações sobre a importância dessa questão. Por outro lado, o profissional também tem que se apropriar da própria carreira e ser capaz de discuti-la junto com a companhia para determinar quais os próximos passos que fazem sentido”, complementou o diretor de gente e gestão da Catho, Murilo Cavellucci.
Reflexos da crise
Outro ponto destacado na pesquisa da Catho é que, em tempos de crise e desaceleração da economia nacional, 50% dos entrevistados disseram que a expectativa de crescimento profissional para os próximos anos é ruim ou péssima. No ano passado, a mesma classificação foi apontada por 45% das pessoas. A Pesquisa dos Profissionais Brasileiros apontou que 9% projetam um cenário ótimo ou excelente de crescimento e 39,3% vislumbram um cenário bom. Em 2014, a porcentagem era de 8,7% e 42,9% nos mesmos casos.
“Em um momento como o atual é natural que se adote um tom mais pessimista em relação às chances de crescimento. O fundamental, porém, é o profissional ter consciência de que, mesmo nesse momento mais delicado, o mercado continua ativo e ele deve buscar meios que o ajudem a se preparar e identificar as oportunidades”, completou Murilo.
Sobre a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros
Realizado com 23.011 pessoas de todo o Brasil, entre 13 de junho e 29 de julho de 2015, o levantamento anual da Catho teve participação de empregados em 54,2% das repostas, sendo 29,7% de homens e mulheres que trabalham empresas com mais de 500 funcionários (grandes empresas).