Apesar de já tramitar no congresso o Projeto de Lei 6561/09 que prevê pena de dois meses a dois anos para quem mente em seus currículos, muita gente ainda arrisca dar uma “espichada” em suas habilidades. O que os mentirosos não sabem é que os recrutadores têm seus métodos para identificar as falácias e checar dados.
Uma boa estratégia para reconhecer candidatos que aumentam seus antigos cargos ou colocam mais responsabilidades do que realmente tinham em seus empregos anteriores é a checagem direta. Uma ligação curta para a empresa anterior, entrando em contato com o setor de Recursos Humanos, com o antigo chefe ou até com ex-colegas já resolve o problema.
As redes sociais acabam se tornando outro grande trunfo dos recrutadores. Com a disposição voluntária de várias informações pessoais no LinkedIn ou Facebook, por exemplo, as pessoas acabam se expondo mais. Se o profissional mentiu no currículo, alguns dados não vão bater, assim fica fácil descobrir se tem algo de errado.
Para descobrir se a formação indicada é real, o mais indicado é entrar em contato com a instituição de ensino. Pedindo a lista de formandos, o recrutador pode verificar se o candidato mentiroso realmente terminou algum curso ou se ainda está incompleto. O que alguns profissionais fazem é aumentar o status dos cursos, indicar como MBA um curso de poucos dias, por exemplo.
A ideia é sempre ficar atento as informações. Mentir no currículo é grave, mas a procura por espaço no mercado de trabalho pode fazer com que profissionais cometam este erro. Deste modo, a checagem de dados tem que ser feita de maneira minuciosa, porque um candidato muito bom no papel pode se tornar um problema para a sua empresa no futuro.