Ao contrário do que muitos possam imaginar, o trabalho em excesso não traz nenhum tipo de vantagem nem para as empresas nem para os funcionários. Isso acontece porque a qualidade e a produtividade são dois fatores diretamente ligados à satisfação, motivação e à saúde física e emocional dos membros da equipe. Trabalhar muitas horas ou realizar uma grande quantidade de tarefas em um tempo inadequado são ações que tendem a gerar impactos psíquicos e fisiológicos negativos aos colaboradores.
O primeiro sintoma do trabalho excessivo é a insatisfação. Juntamente com o cansaço físico e mental, o sentimento de estar realizando tarefas além do combinado – e do que é considerado saudável para aquele tipo de atividade – é uma situação capaz de deixar qualquer colaborador bastante descontente. Especialmente quando o trabalho em excesso é resultado de um processo falho de planejamento por parte dos gestores.
Quando o trabalho em exagero começa a ser uma constante, o profissional passa a correr o risco de adquirir uma série de enfermidades. Figuram na lista de doenças causadas por trabalho excessivo depressão, gastrite, enxaqueca, distúrbio do sono, dentre outras. A permanência em situações de estresse e pressão extremos podem levar a um estado completo e absoluto de esgotamento, chamado síndrome de Burnout.
Além das questões ligadas à saúde dos profissionais, as situações em que o trabalho torna-se excessivo também podem ser prejudiciais à qualidade final do trabalho. Para um profissional exausto, fica muito mais difícil cuidar de detalhes e garantir um alto nível de qualidade em relação à atividade que está executando. Os possíveis erros, aliados à atmosfera de tensão e insatisfação, podem ainda fazer eclodir conflitos, deixando o clima organizacional altamente improdutivo.
Por todas estas razões, é importante que gestores dos mais diferentes níveis hierárquicos preocupem-se em organizar as tarefas de modo a evitar a necessidade de excesso de trabalho por parte dos funcionários. É importante também que se tenha um cuidado especial com os planejamentos, para que não se repitam as chamadas situações de “incêndio”, em que a equipe precisa praticamente esgotar seus esforços para garantir o cumprimento de um prazo ou a entrega de um projeto para um cliente.