No ambiente profissional, onde o trabalho em equipe e a ética devem prevalecer, nem sempre é isso o que acontece. Muitas vezes, algumas pessoas realizam ações com o intuito de prejudicar outro colega, as chamadas “puxadas de tapete”. De acordo com pesquisa realizada pelo portal Vagas.com, 62% dos respondentes afirmaram já terem passado por este tipo de situação. E, dentre os casos, 54% das “puxadas de tapete” foram promovidas por chefes ou superiores hierárquicos das vítimas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 22 de julho com pessoas cadastradas no portal. No total, foram ouvidos 3.834 profissionais, cujas idades variavam entre 16 e 60 anos. No levantamento, 55% dos participantes ocupam cargos operacionais, 22% são analistas e especialistas, 13% integram quadros de média gestão, 8% deles fazem parte da alta administração de empresas e 2% das pessoas estavam desempregadas ou eram trabalhadores liberais.
Sobre os responsáveis pelas “puxadas de tapete”, a pesquisa verificou que 27% foram protagonizadas pelo chefe imediato, 27% por alguém com cargo mais alto na hierarquia, 34% foram feitas por indivíduos do mesmo nível hierárquico e apenas 11% dos casos foram executados por profissionais com cargo inferior.
Dos nove tipos de ações ou resultados considerados no levantamento como “puxadas de tapete”, 32% dos entrevistados apontaram a quebra de confiança por alguém que quis prejudicar sua imagem, 23% citaram o roubo de créditos por uma ideia ou iniciativa, 17% dos profissionais foram excluídos de projetos para não receberem visibilidade, 13% foram acusados injustamente por algo de que não participaram, 13% foram preteridos em detrimento do favorecimento indevido de outro colega, 12% tiveram a autoridade atropelada por outras pessoas, 11% foram induzidos propositalmente ao erro, 6% foram traídos pelas informações não oficiais da “rádio peão”, resultando em atitudes precipitadas, e 38% dos que tiveram o “tapete puxado” não identificaram nenhuma das opções como semelhantes à sua experiência.
Resultados das “puxadas de tapete”
Segundo o levantamento, as consequências para quem sofreu alguma situação prejudicial no ambiente de trabalho foram:
• 19% dos profissionais foram demitidos;
• A rotina se manteve igual para 26%;
• 26% das pessoas acreditam não terem recebido o reconhecimento ou a promoção que mereciam;
• O funcionário teve a atenção chamada em 14% dos casos;
• 13% deles sofreram represália;
• 12% pediram demissão dos empregos;
• 6% entraram em contato com um canal institucional, mas não receberam respostas;
• Apenas 3% dos profissionais procuraram o mesmo canal de comunicação e conseguiram algum posicionamento da empresa.
Rafael Urbano, especialista em Inteligência de Negócios na VAGAS.com, conclui que “esses dados mostram que os gestores estão, em algumas ocasiões, sabotando o trabalho de integrantes de sua própria equipe ou de subordinados para levarem algum tipo de vantagem em sua carreira ou na companhia onde trabalham. É um indicador surpreendente e, ao mesmo tempo, muito preocupante, pois demonstra que a maior parte dos líderes não está administrando sua equipe como deveria.”