O home office, de acordo com a consultoria Hays Recruiting Experts Worldwide, já é utilizado por 31,2% das empresas do mundo inteiro, e esse modelo de atuação vem crescendo também entre as empresas brasileiras. Segundo o estudo, para implantar essa metodologia de trabalho são necessários alguns cuidados para que a prática não se torne um problema.
O primeiro cuidado deve ser entender que o home office não acarreta em economia na folha salarial dos colaboradores, pois eles têm os mesmos direitos dos profissionais que atuam na sede da empresa. A grande vantagem é o ganho de produtividade. Há também a possibilidade de fazer home office parcial, dividindo a escala de colaboradores e a quantidade de dias que eles estariam no escritório ou em casa.
O cansaço físico e mental devido ao deslocamento entre o trabalho e a casa deixa de existir. Assim, o colaborador irá concentrar melhor o seu tempo e as habilidades nas funções desempenhadas, se tornando mais produtivo do que se estivesse na empresa. Esse argumento é muito forte principalmente em cidades metropolitanas, como São Paulo, onde é comum gastar de duas a quatro horas, diariamente, no trajeto.
Outra vantagem para a empresa é a otimização de espaço. Imagine que 50% dos empregados possam fazer home office. A empresa poderia ter apenas metade do espaço e economizar uma quantia considerável de custos de infraestrutura.
Mas a grande questão é: quais empregados podem fazer o home office? A resposta deve vir após uma série de avaliações e reuniões. É necessário analisar o perfil dos funcionários e ter certeza de quais estão aptos para cumprir essa função. Os profissionais que necessitam interagir com colegas no dia a dia e têm dificuldades para se organizar individualmente não devem trabalhar em regime de home office para evitar que o seu negócio seja prejudicado.
O acompanhamento do trabalho também terá que ser revisto. Normalmente, o empreendedor irá levar mais tempo para identificar se o funcionário de home office está ou não de acordo com o perfil da empresa, o que é muito mais fácil em uma relação diária dentro da empresa.
HP (Hewlett-Packard), IBM, Citibank, Intel, Phillips, Serpro, Ibope e AES são algumas empresas que aderiram ao Home Office em seu negócio e se mostraram satisfeitos com os resultados. Confira alguns pontos compartilhados por elas:
Vantagens empresariais
• Economia com empregados e encargos sociais;
• Melhoria dos custos dos serviços;
• Melhoria da qualidade, pela redução de custos e de tempo;
• Vantagens fiscais para a Microempresa (I.R. dispensado);
• Otimização de atividades;
• Atendimento ao cliente 24 horas por dia;
• Reforço à terceirização e profissionalização de serviços.
Desvantagens empresariais
• Difícil sucessão, em caso de necessidade de transição;
• Interferências de assuntos domésticos nos assuntos profissionais;
• Preconceito no mercado formal, em caso de empresa não registrada;
• Dificuldades de obtenção de créditos, em caso de empresa informal.